CCJ da Assembleia rejeita PEC que garante autonomia administrativa ao Fisco

A PEC é de autoria do deputado José Bonifácio (PR), com o apoio de outros 12 parlamentares e mesmo rejeitada irá ao plenário da Casa

Deputada justifica voto contra a PEC
Descrição: Deputada justifica voto contra a PEC Crédito: Koró Rocha

Os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa do Tocantins rejeitaram ontem, 13, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 12 que cria uma seção na Constituição Estadual do Tocantins dando ao Fisco autonomia administrativa, financeira, funcional e orçamentária, nos moldes do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A PEC é de autoria do deputado José Bonifácio (PR), com o apoio de outros 12 parlamentares.

 

Em geral, as matérias rejeitadas pela CCJ são arquivadas. Neste caso, porém, por se tratar de uma PEC, será encaminhada ao Plenário, mesmo rejeitada. De acordo com o Regimento Interno, o processo é incluído, em primeiro lugar, na Ordem do Dia da sessão subsequente, no caso nesta quarta-feira, 14, para ser discutido e votado.

 

Justificativa da PEC

 

Bonifácio justificou que sua proposta visa o aperfeiçoamento da administração tributária e argumentou que as funções exercidas pela administração tributária garantem os direitos fundamentais ligados à prestação de serviços públicos, já que possibilitam ao poder público a arrecadação de recursos que permitirão custear políticas sociais. De acordo com o parlamentar, a proposta é constitucional, pois não retira o poder do Executivo, nem da Secretaria Estadual da Fazenda. “Não cria um poder à parte; a medida já é usada em outros Estados e é o início para criar a Lei Orgânica do Fisco”, defendeu.

 

Contra

 

Presidida pelo deputado Ricardo Ayres (PSB), a reunião de ontem contou também com a participação dos parlamentares Valdemar Júnior (MDB) e Valderez Castelo Branco (PP), líder do Governo na Casa. Valdemar Júnior e Valderez posicionaram-se contra a proposta. “Independentemente disso [da aprovação da matéria], a Secretaria da Fazenda já tem autonomia”, garantiu a deputada.

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