A prefeita em exercício de Palmas, Cinthia Ribeiro, confirmou, com exclusividade ao T1, nesta quinta-feira, 15, que pode deixar o PSDB caso a sigla não sinalize uma aliança com o PSB de Amastha, pré-candidato ao Governo, a qual ela não abre mão de apoiar. Cinthia presidia o PSDB Mulher e informações extraoficiais dão conta que ela deve se filiar ao PDT ainda este mês.
A prefeita defende que o PSDB precisa buscar alianças, pois não vê o protagonismo da sigla numa eleição majoritária, sozinho. “Ainda espero ter o PSDB nas eleições de 2018 como um grande parceiro do PSB, para quem sabe, repetirmos a parceria vitoriosa de 2016. Ninguém ganha uma eleição sozinho, as parcerias podem e devem acontecer para construirmos um projeto com responsabilidade”, defende.
A prefeita ainda deixa claro que por não ser candidata nas próximas eleições, se sente muito confortável para aguardar os próximos passos do partido e analisar o cenário como um todo.
Ao contar que tem recebido vários convites, de forma honrosa, para se filiar a outras siglas, Cinthia afirma que tem analisado todos e que se alegra por ser lembrada por dirigentes estaduais e nacionais de algumas legendas. Apesar de afirmar estar tranquila com sua posição no PSDB é sucinta “se houver necessidade de mudanças, não vejo dificuldade”.
Desgaste com Ataídes
Nos bastidores, sua saída já era esperada após sucessivos desgastes com o presidente do PSDB Tocantins, o senador e pré-candidato ao governo do Estado, Ataídes Oliveira, que começaram no ano passado. Presidente desde 2014 do partido, o senador não apreciava a aproximação política de Cinthia Ribeiro com o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB).
“Não é só a gestão do Amastha, é também a minha gestão”, disse a prefeita sobre o posicionamento de não abrir mão, de forma alguma, de caminhar com o prefeito e pré-candidato do PSB, Carlos Amastha.
Sobre Ataídes, Cinthia diz que não buscou nenhum acordo com ele sobre sua possível saída do PSDB “dada a insensatez e a postura anti-democrática que utilizou para destituir o diretório de Palmas”, alfineta.
Cinthia se refere ao fato de o senador ter chegado a mandar fechar o diretório do PSDB, em maio do ano passado, impedindo que um grupo liderado pela prefeita se reunisse no local. Cinthia concorria, à época, ao comando do Metropolitano de Palmas.
Outro atrito ocorreu com a nomeação da prefeita de Guaraí, Lires Ferneda, para presidir o PSDB Mulher, cargo ocupado por Cinthia, e que abriu conflito com a Nacional do partido. O PSDB Nacional não reconheceu a nomeação de Lires, mantendo a prefeita no posto.
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