A deputada estadual Claudia Lelis, do Partido Verde, está segura de ter tomado a melhor decisão ao apoiar e votar favorável ao projeto que autoriza o governo do Estado a fazer a concessão dos Parques Estaduais em Projetos de Parceria Público Privada, com investimentos financiáveis pelo BNDES.
“Sou deputada e empresária no ramo do turismo. Se eu entendesse que o aporte de recursos da iniciativa privada na área do turismo fosse atrapalhar os empreendimentos que já existem na região, eu jamais teria votado o projeto. Mas eu entendo a iniciativa privada como uma mola propulsora de desenvolvimento. Essas concessões são regidas por lei federal, tem um imenso processo pela frente, e como parlamentar vou acompanhar, fiscalizar e trabalhar pela inclusão da comunidade jalapoeira nesse desenvolvimento, que precisa chegar para a região”, explicou ela em entrevista ao Canal do Youtube do T1 Notícias, no quadro “Sem Cortes, com Roberta Tum”, que foi ao ar ontem, 31 de agosto.
A parlamentar lamentou que o assunto tenha sido distorcido por pessoas que não possuem compreensão do que vai significar este avanço para a região, se a concessão chegar a se efetivar. “O que eu percebo é alguns segmentos do trade com medo de perder o seu faturamento, o que é uma falta de visão do todo. No turismo, quanto mais investimentos chegarem, mais toda a engrenagem ganha, do guia ao dono de pousada e, inclusive, as comunidades tradicionais que serão visitadas, dentro de um cronograma sustentável, aprovado por elas mesmas nas consultas públicas”, reforça a deputada.
Para Claudia Lelis, a lógica do “ganha ganha” vai prevalecer. “Hoje a gente tem um limite de carga para visitação das Dunas, por exemplo. Mas não tem um controle de quantos visitantes podem estar lá em cima ao mesmo tempo. Isso precisa ser regulado”, comenta.
Controle ambiental e manutenção de estradas
Um aspecto importante para a deputada é que o controle ambiental será fortalecido, já que - a exemplo de Foz do Iguaçu, primeiro parque a ter uma PPP aprovada – o cessionário terá responsabilidades na manutenção do ecossistema, que no caso do Jalapão é frágil. “O governo tem outras obrigações que consomem os recursos financeiros e humanos. A gestão do parque continua a ser do órgão de controle e fiscalização, mas o cessionário tem que manter a conservação e limpeza do parque e o controle”, garante.
“No meu papel de representante popular, com mandato que adquiri percorrendo todas as regiões do Tocantins, terei todo o cuidado de acompanhar etapa por etapa esse processo, fiscalizando e garantindo a inserção da comunidade local”, garante Claudia.
Ela repudiou a campanha criada nas redes com o mote “Venderam o Jalapão”, vinculando a imagem de deputados que votaram a favor do projeto. “Esta é uma tendência nacional, temos diversos parques em processo de concessão. Ninguém vendeu o Jalapão. É um absurdo ouvir, inclusive parlamentares que não estudaram as leis, falando bobagem. Venderam o Jalapão? Quem vendeu? Pra quem? Tem que ter mais responsabilidade ao falar sobre esse assunto”, ponderou.
“É bom lembrar que nenhum proprietário de terras será prejudicado. São apenas três áreas de propriedade do Estado que serão concedidas, caso lá no final do processo surjam empresas com a capacidade de investimento e que considerem rentável assumir esses parques. Ainda tem muita coisa para acontecer, com etapas definidas em lei e todo acompanhamento da comunidade de dos órgãos de controle”, finalizou.
Comentários (0)