O deputado federal Júnior Coimbra, presidente regional do PMDB está com a pré-campanha a governador nas ruas, para buscar em 90 dias, percorrer 139 municípios convencendo os peemedebistas de que pode ser melhor opção ao governo do que o companheiro de legenda e ex-governador Marcelo Miranda.
“Visitei o governador Marcelo e fui claro com ele sobre a minha pretensão. Sou filho deste Estado, já fui prefeito, vereador, deputado estadual duas vezes e sou deputado federal. Minha postulação é legítima”, argumenta.
Para Coimbra, é fundamental que o PMDB trabalhe com mais de uma opção ao governo. “Vamos ver quem chega à convenção em melhores condições. E com isso quero dizer, condições legais e eleitorais. Garanto que quando eu terminar de percorrer os municípios, chegarei à convenção melhor que ele”, assegura.
Num bate bola com o T1 Notícias, Coimbra se posicionou sobre os assuntos mais polêmicos que envolvem sua pré-candidatura e a disputa interna por espaço no PMDB. Acompanhe.
TO não aguenta mais Siqueira
Questionado sobre o apoio que deu ao grupo governista em 2012 na capital, Coimbra afirma que foi um fato isolado. “Apoiamos o candidato do PV com o compromisso de que o governador não entraria na campanha. No primeiro dia ele já estava no palanque. Não cumpriram”, afirma.
A respeito dos rumores de bastidores de que sendo o candidato do PMDB ele poderia receber o apoio do Palácio Araguaia caso a candidatura de Eduardo Siqueira não se confirme ele é enfático: “este é um apoio que não me interessa. Sou candidato de oposição”.
Os motivos, segundo Coimbra são claros: “Não conheço um segmento em que este governo vá bem. Vai mal na Saúde, os índices na Educação são muito ruins, a segurança é péssima. O Tocantins não dá conta mais desse jeito, não aguenta mais Siqueira”.
Apoio de Amastha contra Kátia
Júnior Coimbra disse ao T1 Notícias ter ficado constrangido com o ataque do prefeito Carlos Amastha à senadora Kátia Abreu na reunião promovida pelo PT na última sexta-feira. “Fiquei chateado com a colocação do prefeito. Não gostaria de estar num lugar em que alguém do meu partido seja atacado. Quero convivência boa com todo mundo, mas primeiro precisamos afinar o partido e a senadora é um quadro importante”, afirma.
Questionado sobre os ataques que chegou a fazer a ela na tribuna explica: “eu não a queria dentro do partido da forma que ela estava entrando. Mas depois que ela chegou não a ataquei mais. Que fique claro: meu candidato a Senador é o governador Gaguim, mas não tenho nada contra a Senadora”.
Avaliando os adversários
Analisando o cenário e os possíveis adversários que possa enfrentar caso passe pela convenção, Coimbra resumiu: “Não acredito na candidatura do ex-senador Eduardo Siqueira. Acho que ele não se viabiliza. Devo enfrentar mesmo é o Velho Siqueira”.
Ataídes de Oliveira
“Respeito, sou amigo dele, mas acho que terá dificuldades por que não tem estrutura partidária nenhuma”.
Roberto Pires
“É um bom candidato. Respeito, mas se fala muito no novo e do jeito que existe político velho nas práticas, existe empresário velho nas práticas. O Robertinho é um empresário de cabeça velha, e que está há anos, ele e a família dele, usufruindo deste jeito velho nos governos que passaram pelo Tocantins”.
Mário Lúcio Avelar
“É uma incógnita. Não acredito que ele vá pedir exoneração do cargo de Procurador, renunciar à carreira para vir disputar eleição de governador. Vamos ver se ele se confirma candidato”.
Nicolau Esteves
“Acho que a candidatura dele já acabou. Ele era para ser o candidato único do partido, seu nome foi retirado de reuniões. Mas no evento do PT na sexta-feira, falaram dois: ele o Paulo Mourão. O último a falar foi o Paulo. Normalmente o mais importante é que fala por último. Então acho que o PT já tem outro candidato”.
Paulo Mourão
“É um quadro importante. Se for ele, vamos para o debate”.
Marcelo Lélis
“Respeito o pré-candidato do PV, gosto muito do Marcelo, mas ele não tem consistência eleitoral fora da capital. Seria um bom candidato a vice”.
Chapa Pura
Questionado sobre a possibilidade de que o PMDB aprove em convenção uma chapa pura, dificultando alianças com os outros partidos de oposição, Coimbra avaliou: “Os melhores quadros estão no PMDB. Não vejo problema em chapa pura na majoritária. Nós ainda temos a vice e duas suplências para negociar com os demais partidos. Avalio que não existem nomes com a consistência dos nossos para disputar governo e Senado”, finalizou.
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