Com aval de Wanderlei, Ricardo Ayres põe pré-candidatura na rua

Em entrevista, Ricardo Ayres revela que o governador deu ampla liberdade para que todos os companheiros construam candidaturas competitivas. A decisão virá em junho

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Em entrevista à editora-chefe do Portal T1 Notícias, jornalista Roberta Tum, o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos) falou nesta segunda-feira, 20, do seu projeto de colocar seu nome para disputar a Prefeitura de Palmas. Com histórico de militância estudantil e de deputado estadual, Ayres se julga preparado para o desafio de administrar a Capital e que entende ser essa uma oportunidade de trabalhar em parceria com o Governo do Estado e a Prefeitura.

 

Na avaliação do parlamentar, o quadro político de Palmas é hoje aberto às pessoas que aspiram o Executivo Municipal e todos têm legitimidade de colocarem seus nomes para que a população possa fazer uma boa escolha. Ayres afirma que a política melhorou e que hoje a democracia prevalece no Tocantins. "Antes, era aquela bipolarização que fazia com que as escolhas fossem feitas por quem mandava nos partidos. Agora não. As pessoas têm a condição de se apresentar e colocar os seus projetos e vai vencer aquele que tiver mais competência e que construir o melhor plano de governo", afirma Ayres.



Na concepção do pré-candidato, são três os ingredientes para se vencer uma eleição: a condição estrutural, recurso de campanha; o grupo político; e o nome da pessoa. Segundo ele, qualquer candidatura é viável se tiver o exato equilíbrio desses três fatores. "E é por isso que eu me animo porque eu construí toda minha vida e minha trajetória nessa cidade. Estou aqui desde 1992 e fiz acontecer na vida de muitas pessoas, como por exemplo a luta pela criação da Universidade Federal do Tocantins;  minha passagem pela Secretaria da Juventude; e a coordenação do plano diretor da cidade de Palmas com mais de 40 audiências públicas realizadas", elencou.



Sobre o apoio do governador nas eleições, Ricardo Ayres avalia que para ter o respaldo de Wanderlei Barbosa primeiro é necessário ser escolhido pela população, o que, segundo o parlamentar, mais na frente será demonstrado em pesquisas que serão realizadas. Ayres observa que o governador deixou todo mundo da vontade para construir a sua trajetória e o seu trabalho e afirma que por estar à frente do partido em Palmas, do qual o governador é o presidente, sua responsabilidade é maior, pois o projeto da eleição em Palmas precisa ser construído por muitas mãos.



"Temos partidos aliados que ajudaram o governador Wanderlei a estar onde ele está. Temos aí 2026, que passa, necessariamente, por essas eleições municipais. Porém, o Governador tem deixado todo mundo muito à vontade", afirma ao ressaltar que o grupo do governador Wanderlei Barbosa é muito forte e que ele tem um legado, mas que há também um limite de tempo dentro do calendário eleitoral do qual essas questões serão afuniladas. Ayres se refere à data de filiação em abril do próximo ano e às convenções.



Sobre pesquisas eleitorais, Ayres foi taxativo em afirmar que não se pode fazer um estudo para definir  um candidato que não leve em consideração aspectos qualitativos. "Então, é claro, que você precisa aferir no curso dessa caminhada os números que indicam eventualmente aquele que esteja melhor. Mas, é claro e óbvio, que você precisa fazer um estudo qualitativo precedente até para indicar qual é o perfil que o povo de Palmas deseja para administrar sua cidade".



Relação com o Governo Lula


Sobre a relação com o governo do presidente Lula, Ricardo Ayres afirma que tem construído amizades e que tem carinho especial por grande parte dos ministros que ocupam postos importantes. Ayres explica que segue a orientação do Republicanos e que tem votado projetos importantes para o país. "Eu me posiciono até porque fui eleito para isso. Defendo o que eu acredito", disse ao lembrar que votou contra o marco temporal das terras indígenas.


"Foi um voto corajoso e importante porque nós somos um estado de grande população indígena. Penso o seguinte: eu defendo que o agronegócio cresça até porque nós precisamos dele grande para fazer o Tocantins crescer, mas isso não pode ser a curto da miséria absoluta, principalmente das minorias que precisam ter também o seu espaço".



Segundo Ayres, você não pode simplesmente chegar na Câmara Federal e renunciar a tudo aquilo que você ao longo do tempo pensou. Neste sentido, diz ele, o Republicano tem deixado a gente muita vontade. Inclusive, a gente se reúne bastante para discutir a pauta e tentar aperfeiçoar aquilo que possa eventualmente ser aperfeiçoado, mas sempre votando a bem do Brasil.

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