Com cartaz escrito “vacinas salvam”, Somos enfrenta grupo na Câmara de Palmas

Coletivo esteve nesta quarta-feira, 23, na porta da Câmara Municipal de Palmas, se manifestando contra um grupo de conservadores presente.

Crédito: Ascom/Somos

O Coletivo Somos esteve nesta quarta-feira, 23, na porta da Câmara Municipal de Palmas, se manifestando contra um grupo de conservadores. Com um cartaz escrito “vacinas salvam”, a integrante do coletivo, Thamires Lima, se posicionou na entrada da Casa de Leis, enfrentando o grupo conservador que gritavam: “Vacinas não salvam. Quem salva é Jesus”; “Bando de covardes”; “Estamos aqui para saber qual vereador vai para a frente da batalha com a gente”, entre outras frases.

 

O integrante do Somos, Alexandre Peara, explicou que foram até a Câmara acompanhar a sessão e, ao chegar, se depararam com o grupo que eles intitularam de “negacionistas”. “Não podemos ficar calados diante de tanto negacionismo. O Somos tem lado e tem posicionamento. É a favor da imunização, da ciência e da pesquisa”, disse.

 

Para Thamires, enfrentar o grupo presente é um ato de resistência. Ela também destacou a importância de se posicionar sobre aquilo que o coletivo acredita. “Teve um momento que eles fizeram uma roda e eu fiquei no meio. Então uma senhora que se diz pastora, gritava o tempo inteiro que vacinas não salvam, disse que ‘Existem filhos de Deus e filhos do diabo. E o filho do diabo está no meio de nós’, se referindo a nós do Somos. É uma tristeza ver pessoas que se dizem cristãs defendendo pautas como esta. Mas nós continuaremos na luta, defendendo a vacinação e a ciência. Não abrimos mão disso”, declarou.

 

O Coletivo Somos destacou ainda a decisão proferida pelo juiz de Direito José Maria Lima, contra uma Ação Civil Publica (ACP) proposta pelo MPE-TO, que queria a derrubada de um Decreto Municipal que obriga a apresentação do cartão de vacinação. Na decisão, o juiz disse: “Ainda, reconhecer como possível e legal o que pede o Ministério Público seria negar a ciência, amparar atitudes que atentem contra a saúde pública, expor a maioria da nossa população ao descaso, ao perigo, aos malefícios da pandemia, está tão mortífera, como já restou comprovado”.

 

“A justiça já garantiu a decisão da Prefeitura. A Câmara deveria seguir o exemplo e fazer o mesmo, mas o silêncio sobre essa pauta tem sido ensurdecedor. De que lado a Casa de Leis e a presidente da Câmara Janad está?”, questionou o grupo.

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