Um grupo de cerca de vinte jovens, alguns com uniformes da IFTO, interromperam a sessão da Câmara de Palmas na manhã desta terça-feira, 6, exatamente no momento em que o vereador Iratã Abreu (PSD) iniciaria o uso da palavra na tribuna.
Eles gritavam palavras de ordem pelo passe livre: “O dinheiro do meu pai não é capim/ eu quero passe livre sim”. As faixas bem pintadas no entanto traziam palavras de ordem contra a família Abreu e citavam especificamente Iratã Abreu e Irajá Abreu. Numa delas, a crítica era contra os pontos de ônibus da empresa do deputado federal Irajá.
Acomodados nas galerias, os estudantes ouviram em silêncio o discurso do vereador Iratã. Calmo, ele ponderou: “sou defensor do passe livre. Entendo que cabe ao poder público subsidiar este passe, por que ele não sai de graça”.
Seguindo na mesma linha o vereador entrou no assunto da concessão pública à empresa do irmão: “não pensem que porque uma empresa, de um deputado federal e membro da minha família tem a concessão dos pontos de ônibus da cidade, que eu vou me omitir sobre este assunto”.
“Defendo que a prefeitura tenha o mesmo tratamento para todas as empresas. Que verifique se o serviço está sendo bem feito ou não. E se não estiver, que tome as medidas necessárias, que seja notificação, multa, ou até o cancelamento do contrato”, disse Iratã.
Ele citou o caso da Foz/Saneatins, cujo contrato foi colocado em dúvida com a criação de uma comissão para avaliar a caducidade. “A Saneatins não deixou de prestar um bom serviço. E o que fica demonstrado é que não havia problemas. Já estamos vendo aí na imprensa que a prefeitura está se entendendo com a empresa”, disse.
Valdemar defende
Falando em seguida ao vereador Iratã Abreu, o vereador Valdemar Jr. (PSD) saudou os manifestantes: “Vossas Excelências sejam muito bem vindos a esta Casa. O que vocês estão fazendo aqui hoje é um ato de democracia. Posso até não concordar com a forma, mas tenho que parabenizá-los”, disse.
Valdemar atacou o serviço prestado pela empresa de Irajá Abreu e referiu-se à fala anterior de Iratã: “quer prova maior que esta que o serviço não está sendo bem prestado? Uma manifestação popular? A voz do povo é a voz de Deus”.
O vereador fez uma defesa da Terra Clean, mas não entrou no assunto do questionamento do contrato da Foz/Saneatins.
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