A senadora Kátia Abreu(PMDB) falou a mais de 600 líderes peemedebistas reunidos em sua residência neste domingo, 23, num discurso que foi da reconciliação com aliados de um passado recente a forte ataque ao que classificou de “política comprista” do governo Siqueira Campos e de uso das instituições para “chantagear e coagir prefeitos sob ameaça do uso do TCE, TRE e Tribunal de Justiça contra eles”.
Num evento de apresentação formal da senadora aos principais líderes da legenda do interior do Estado, e de lançamento da caravana “Acorda Tocantins”, Kátia Abreu justificou seu apoio a Siqueira Campos em 2010.
“Fiquei ao lado de Marcelo Miranda até seu último dia no Palácio Araguaia, quando a justiça determinou que ele deveria sair. Mas depois, assim como o ex-governador Moisés Avelino, também entendi que não tinha condições de apoiar o candidato do PMDB de então”, argumentou.
A senadora seguiu explicando: “apoiei para o que seria um último mandato, aquele que tem seus méritos e que eu entendi que naquele momento seria o melhor para este Estado. Mas infelizmente, o que vemos é que o Tocantins elegeu um e é outro que governa sem ter sido votado”
Fazendo referência ao ex-senador Eduardo Siqueira Campos, a senadora foi além nas críticas ao governo. “O Estado é governador por aquele a quem o povo já disse não. E eles têm a coragem de dizer que tem 130 prefeitos, 80% dos vereadores, 20 deputados estaduais. Passaram três anos sem colocar um tijolo em cidade nenhuma deste Tocantins e agora, no último ano, anunciam empréstimos de R$ 1 bilhão, para fazer campanha”.
Instituições comprometidas
A senadora não poupou críticas às instituições: “estão querendo iludir o povo do nosso Estado. Usam as instituições deste Estado para chantagear prefeitos, como bem denunciou o deputado Irajá Abreu. São ameaças de perda de mandato no TRE, no TCE e no Tribunal de Justiça, coagindo as pessoas”
Segundo Kátia Abreu, o TRE tem reformado sentenças com apenas uma diferença: a mudança de posicionamento político de quem foi julgado. “Mas nós temos esperanças nos juízes honestos deste Estado. Que suas vozes se ergam acima dos outros que estão traindo o compromisso assumido”, afirmou.
União das oposições
Kátia Abreu conclamou os peemedebistas a se unirem em torno da chapa Marcelo e Kátia, rumo à convenção do partido em junho: “seremos nós e o povo contra o governo da mentira que se instalou no Tocantins. A promessa foi quebrada, a palavra não foi cumprida”. Ela criticou corrupção na Educação e os desvios no Igeprev, e a demora na execução de obras garantidas com emendas que conquistou nos últimos três anos, além de recursos que ajudou a liberar no BNDES, a exemplo dos hospitais de Gurupi, Araguaína e Porto Nacional.
Ela lembrou ainda os demais pré-candidatos ao governo do Estado por partidos de oposição. “Existem pessoas boas, que também colocaram seus nomes. Vamos abracá-los, vamos buscar de forma firme e clara, nossas composições, com Marcelo Lélis, Roberto Pires, Ataídes, Paulo Mourão. São todos pessoas de bem, que querem servir ao Estado”.
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