Mesmo com ressalvas de que o reajuste do salário-base para os professores da educação básica da Prefeitura de Palmas que seria de 24%, os vereadores aprovaram os 10% propostos pela Medida Provisória (MP) nº 04. A MP recebeu pareceres favoráveis nas Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Políticas Públicas Sociais. Na gestão do ex-prefeito Raul filho (PT), o reajuste anunciado foi de 24%, mas na gestão do prefeito Carlos Amastha (PP) a MP foi para a Câmara com reajuste de 10% que tem verba de 8% do Governo Federal e 2% do município.
Favorável ao reajuste de 24%, o vereador Júnior Geo (PSB) foi o único que votou contra a aprovação da MP 04 alegando a sua inconstitucionalidade. “Quais os vereadores dessa Casa gostaria que seus filhos fossem professores? É com pesar que vejo esse reajuste de 10% principalmente pelo fato de que os professores estavam cientes de que o previsto era 24%. Eu me pergunto se é interessante esse aumento de 10%”, afirmou Geo.
O líder da oposição, vereador Iratã Abreu (PSD), votou a favor do reajuste na MP 04, mas com ressalvas e ressaltou que o correto seria de 24%. Ele criticou a Prefeitura e disse que a folha de comissionados “vai ultrapassar os R$ 42 milhões”. “Estão deixando os servidores públicos municipais, a Guarda Metropolitana e os servidores da Agência de Trânsito, Transporte e Mobilidade (ATTM) e os professores com uma perda para pagar a farra dos comissionados”, destacou Iratã.
Já o vereador Folha (PTN) apontou que em conversa com o prefeito a alegação para o reajuste de 10% e não de 24% foi pelo fato de haver novas escolas que vão precisar de professores que não foram contabilizadas no orçamento. “O reajuste não contempla o que deveria ser de 24%, mas voto a favor acreditando que o prefeito vai se programar para um novo reajuste”, afirmou.
Também favorável ao aumento de 24%, o vereador Jucelino Rodrigues (PR) votou a favor da MP 04, mas com ressalvas. “Aumentou um pouco, mas não foi o desejado pelos professores que seria os 24% colocados no passado (Gestão Raul Filho). Vou votar com ressalva. Era só planejar" afirmou.
Quem também votou a favor da MP com ressalvas foi o vereador Joaquim Maia (PV) que disse ser essencial que os avanços na Educação sejam concretizados. “O dinheiro estava no orçamento e poderia se fazer muito mais. Se a discussão voltar para a Casa, estaremos brigando para que os recursos sejam destinados para os profissionais da Educação”, frisou Maia.
Pedindo que constasse em ata, o vereador Rogério Freitas (PMDB) votou favorável ao reajuste, mas solicitou que a discussão do reajuste de 24% prometido pela gestão passada voltasse à discussão na Câmara.
À favor e sem ressalvas
O vereador Hermes Damaso (PR) foi taxativo ao afirmar que votava a favor do reajuste de 10% sem ressalvas. “Aumento é aumento. É pior que nada", disse.
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