A partir desta quinta-feira, 8, até o dia 7 de abril, políticos de todo o país poderão trocar de partido. O período, chamado de janela partidária, é a chance das legendas atraírem aqueles que consideram os melhores candidatos e a disputar o maior número possível de vagas para deputados, afinal, pela lei eleitoral, quanto maior o número da bancada, maior será o Fundo Partidário e o acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. No Tocantins, pelo menos quatro parlamentares já estariam certos que devem migrar de sigla.
A senadora Kátia Abreu, expulsa do PMDB, embora ainda não confirme, já está com sua filiação no PDT acertada na Nacional do Partido, com o ex-ministro Carlos Lupi. A filiação deve ser anunciada no próximo mês.
O vereador e presidente da Câmara Municipal de Palmas, Folha Filho (PSD), também deverá anunciar a mudança de partido em breve, apesar de ainda não declarada. O partido que é presidido por Irajá Abreu apoia a candidatura de Kátia Abreu ao governo do Estado e Folha, que já compõe a base aliada de Carlos Amastha na Casa, apoia a candidatura do prefeito de Palmas ao Palácio Araguaia.
Da mesma forma, a vice-prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), que ocupa o cargo na gestão municipal, mas tem Ataídes Oliveira (PSDB), seu companheiro de partido, como candidato da sigla. Na semana passada Cinthia foi a Brasília acertar detalhes da troca de partido, mas ainda não anunciou a escolha.
A deputada estadual Luana Ribeiro (PDT), candidata à reeleição, deve retornar ao PR em que o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, é o candidato ao governo.
Mais candidatos, mais dinheiro
A motivação dos políticos para mudarem de sigla também leva em conta a quantidade de recursos que o partido pode oferecer para suas campanhas eleitorais. Pelo que foi aprovado na reforma política, cada candidato à Câmara Federal pode gastar até R$ 2,5 milhões.
Algumas siglas como PP, PR e DEM divulgam que darão o valor máximo para cada um. A tendência é que recebam valores mais altos os candidatos que já ocupam 1º lugar na Casa. Filiados sem mandatos devem receber menos, o que dificulta a renovação dos congressistas.
Pelas regras aprovadas, para este ano, o fundo eleitoral é estimado em R$ 1,7 bilhão, sendo que 48% do fundo serão divididos proporcionalmente ao número de deputados. Será a principal forma de financiamento das campanhas.
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