Comissão aprova relatório de Ayres que aumenta pena para crime de trânsito com álcool

PL endurece as penas para crimes de trânsito cometidos sob efeito de álcool ou substâncias psicoativas

Crédito: Douglas Gomes - Lid/REP

Em uma medida que busca reforçar a segurança nas vias e combater práticas perigosas no trânsito, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o relatório do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO) sobre o Projeto de Lei 2567/24. A proposta endurece significativamente as penas para crimes de trânsito cometidos sob efeito de álcool ou substâncias psicoativas.

 

Principais alterações

O projeto, de autoria do deputado Cobalchini (MDB-SC), propõe mudanças importantes no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), destacando-se:

 

- Homicídio culposo sob influência de álcool ou drogas: A pena atual de reclusão de cinco a oito anos passa para cinco a 18 anos, incluindo a possibilidade de suspensão ou proibição de dirigir.
- Lesão corporal grave ou gravíssima sob influência: A pena pode aumentar de dois a cinco anos para dois a sete anos de reclusão.
- Condução de veículo com habilidade psicomotora alterada: A punição passa de detenção de seis meses a três anos para reclusão de um a quatro anos.
- Excesso de velocidade em áreas sensíveis: Infrações em zonas escolares, hospitais ou locais movimentados terão penas aumentadas de detenção de seis meses a um ano para reclusão de um a dois anos.

 

Argumentação do relator

O deputado Ricardo Ayres defendeu enfaticamente a aprovação das medidas mais rigorosas, ressaltando que o Parlamento tem o dever de criar punições mais severas para proteger a sociedade de condutas irresponsáveis no trânsito.

 

“É inadmissível que vidas sejam ceifadas ou permanentemente marcadas pela imprudência e pela falta de responsabilidade de motoristas sob o efeito de álcool ou drogas. Nosso objetivo é promover um efeito pedagógico e dissuadir essas práticas criminosas”, afirmou Ayres.

 

O parlamentar também destacou a importância de complementar o trabalho dos órgãos de fiscalização com legislação mais robusta, demonstrando o compromisso do Congresso em zelar pela segurança viária.

 

Tramitação

A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votada no plenário da Câmara. Caso aprovada, ainda precisará passar pelo Senado Federal para entrar em vigor.
 

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