Comissão de Transição visita Sesau e confirma gargalos a serem resolvidos

Apesar da reunião se tratar de uma explanação de problemas, ex-secretário colocou equipe de diretores à disposição da comissão e ainda apontou iniciativas tomadas para resolver problemas

Comissão visita Sesau
Descrição: Comissão visita Sesau Crédito: Bonifácio/T1Notícias

A reunião de exposição da atual situação da Saúde no Tocantins aconteceu na manhã desta terça-feira, 25, e segundo a assessoria de Marcelo Miranda foi marcada pelos “gargalos”, confirmando-se o esperado. No entanto, o agora ex-secretário Luiz Antônio da Silva Ferreira, que mesmo exonerado recebeu a comissão de transição, se colocou à disposição do grupo para ajudar nos trabalhos.

 

Segundo informações da assessoria de imprensa que acompanha os trabalhos da comissão de transição, Luiz Antônio estava acompanhado de diretores e fez uma explanação acerca das dificuldades que a pasta enfrenta e o que tem sido feito para melhorar a situação, a exemplo da implantação de um novo programa de controle de medicamentos que ainda não foi 100% instalado.

 

O ex-secretário teria afirmado na reunião que encontrou a pasta numa situação mais difícil do que a atual. As maiores dificuldades apontadas dizem respeito à gestão de estoques, a falta de recurso e ao grande número de unidades hospitalares de responsabilidade do Estado. Conforme informado, 80% do dinheiro destinado para a Saúde vem do próprio Governo do Estado, enquanto o Governo Federal contribui com apenas 20%. No passado, conforme explanado, o Governo Federal chegou a contribuir com 45%.

 

A falta de pessoal é outro gargalo. De acordo com as informações, falta gente para trabalhar principalmente no interior do Estado, mesmo com 80% do dinheiro da Saúde sendo destinado à folha.

 

O ex-secretário também teria explanado que o Governo é responsável hoje pela estrutura de 19 hospitais, o que estaria onerando muito. Uma das soluções apontadas seria passar parte desses hospitais para seus municípios, mas ao reconhecer que estes também têm dificuldades, pontuaram que deveriam ser repassados numa forma de convênio ou outro modo para não sobrecarregar os municípios. Eles também poderiam contar com a ajuda parcial do Estado.

 

A reunião durou cerca de duas horas. Buti, que coordena o grupo representando Marcelo Miranda, disse que a situação é realmente preocupante e que se confirmou o que se esperava. O coordenador apontou a necessidade de se fazer acerto em diversas questões e reconhece que a exposição da pasta é grande.

 

A assessoria de Miranda afirmou que, conforme o próximo governador tem reiterado em suas falas, o Governo tem o dever de mudar essa situação. Uma das medidas que já estariam sendo tomadas para colaborar com a próxima gestão, conforme informado, é que o Governo está licitando a compra de medicamentos e materiais para manter os hospitais abastecidos até o mês de fevereiro de 2015.

 

Os relatórios foram entregues e a comissão de transição irá, dentro do grupo de trabalho formado para analisar especificamente a área da Saúde, avaliar os documentos para apresentar um diagnóstico da área ao governador eleito. 

 

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