Comissão discute uso de agrotóxicos no TO; parlamentares querem mais fiscalização

Representante de produtores rurais afirmou que o uso de defensivos é feito de forma responsável e com acompanhamento técnico

Audiência pública reuniu parlamentares, produtores e órgãos do Estado
Descrição: Audiência pública reuniu parlamentares, produtores e órgãos do Estado Crédito: Divulgação

Os impactos do uso de agrotóxicos no Tocantins foram discutidos nesta terça-feira, 17, durante audiência pública na Comissão de Minas, Energia, Meio Ambiente e Turismo da Assembleia Legislativa. A necessidade de aumentar a fiscalização e rigor na comercialização de uso de agrotóxicos foi consenso entre a maioria dos participantes da reunião.

 

Álvaro Manzano, procurador-chefe da República no Tocantins, esteve na audiência e destacou atualmente os agrotóxicos são comercializados de forma desordenada, com venda de produtos clandestinos e sem inspeção. “A redução de restrições desse comércio é a nossa grande preocupação. São produtos nocivos que geram impacto negativo na saúde pública. Por isso, temos de analisar o contexto geral, não adianta o Estado ter ganhos em determinado setor econômico com a expansão do agronegócio, se não combater esse comércio ilegal e precisar gastar mais com saúde pública, porque a população consome água e alimentos contaminados,” argumentou.

 

A audiência foi um requerimento do deputado Zé Roberto (PT), autor de cinco projetos que tratam da instituição da Política Estadual de Redução de Agrotóxicos (Peara), e ainda propõe fiscalização e controle de agrotóxicos estabelecendo critérios para evitar o uso indiscriminado de venenos na agricultura. “Nas nossas andanças pelo estado vemos o sofrimento da população. Aulas sendo canceladas por conta do agrotóxico, agricultores adoecendo e por isso trouxemos o debate. Esta é a segunda audiência que realizamos e este é o espaço democrático para debater e definir o melhor caminho para a nossa legislação quanto ao uso do agrotóxico”, pontuou o deputado.

 

Dari Fronza, que é vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho no Estado (Aprosoja), afirmou que o uso de defensivos agrícolas é feito seguindo as normas técnicas. “Praticamos uma agricultura responsável. Nenhum agricultor quer usar agrotóxico, se não for extremamente necessário. São produtos caros.”

 

A audiência contou ainda com a participação do superintendente federal da Agricultura do Tocantins, Rodrigo Rochael Guerra; o diretor de Defesa de Inspeção de Sanidade Vegetal, Alexandre Arruda; o gerente de Inspeção Vegetal da Adapec, Carlos César; o responsável técnico dos Agrotóxicos da Adapec, Juliano Milhomem; o chefe de Serviço de Fiscalização Agropecuária do Mapa/TO, José Dourado Júnior; o prefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia; e a presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fataet), Maria Guanamar Soares.

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