A Polícia Federal no Tocantins já ouviu todas as pessoas que estavam no carro do governador Siqueira Campos no dia em que o veículo foi abordado por policiais federais no trajeto que liga o aeroporto de Palmas ao centro da cidade. A informação foi confirmada ao Portal T1 Notícias pela assessoria de imprensa do governador. Os nomes dos membros da comitiva de Siqueira ouvidos pela PF não foram divulgados.
A abordagem ocorreu no dia 6 de outubro, um dia antes das eleições, e segundo denúncias do vice-prefeito eleito de Palmas, deputado Sargento Aragão (PPS), naquela mesma noite um avião da empresa Delta teria pousado no aeroporto de Palmas trazendo dinheiro e o próprio governador teria ido buscar o motante. Na época, o deputado informou que, as denúncias chegaram até ele por meio de um agente federal.
Conforme informado pelo deputado, o avião seria do ex-presidente da construtora Delta, o empresário Fernando Cavendish.
Foro privilegiado
O deputado Aragão informou ao T1 Noticias que foi intimado para prestar esclarecimentos, mas como tem foro privilegiado, podendo indicar local e horário para ser ouvido, não compareceu a audiência.
Entenda
Aragão acusou, em discurso no plenário da Assembleia Legislativa, o governador Siqueira Campos de “receber dinheiro supostamente relacionado à construtora Delta, na reta final do processo eleitoral”. As denúncias foram feitas na primeira sessão da Casa após o período eleitoral.
Na época, o deputado afirmou que no sábado a noite, 6 de outubro, o governador teria, inclusive, sido abordado em operação da Polícia Federal, mas os agentes teriam “recebido ordem” de não fazer busca no veículo do governador.
Na ocasião em que as denúncias foram feitas, o Governo se manifestou por meio de nota. Segundo informou a nota divulgada, no dia da abordagem, Siqueira “cumpriu agenda de compromissos políticos no interior e chegou em Palmas por volta das 18h35. No trajeto do aeroporto até sua residência, a comitiva foi abordada por uma blitz de agentes federais e prontamente, o governador, como cidadão, franqueou o trabalho dos agentes e autorizou, sem descer do veículo, que eles procedessem normalmente as suas atividades. Os agentes, ao reconhecerem o governador, autorizaram – por iniciativa própria – a passagem do veículo pela blitz. Com isso, a comitiva seguiu normalmente o trajeto do aeroporto até a residência do governador”, afirma a nota.
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