O ex-governador Carlos Henrique Gaguim esteve na Assembleia Legislativa (AL) na tarde desta quinta-feira, 15, para apresentar sua defesa sobre a prestação de contas referentes aos anos de 2009-2010.
O espaço foi aberto a convite dos deputados estaduais para que os ex-governadores Carlos Gaguim e Marcelo Miranda, prestassem esclarecimentos sobre suas contas junto à Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle. Miranda informou que não compareceria por já ter apresentado sua defesa por escrito.
Antes da reunião, Gaguim declarou em entrevista ao T1 Notícias estar tranquilo já que sua gestão foi “compartilhada com o povo, tanto que os índices de investimentos na educação e na saúde foram todos acima do limite. E é por isso que estou tranquilo, pois cumpri todas as metas e até mais do que estava previsto na lei”.
Para o ex-governador o Tribunal de Contas do Estado (TCE) “está agindo através da política e não da ética. Não justifica um governo como foi o nosso, que fez tudo com licitação”, afirmou.
Com a Comissão
O ex-governador disse que na sua gestão primou pela transparência e reafirmou que nada foi feito sem licitação. Carlos Gaguim defendeu que assumiu um Estado em que não podia mudar o orçamento e que o que fez, foi investir no Tocantins. “No ICMS, por exemplo, eu não podia mudar uma lei aprovada na AL, de compensação tributária, então a única coisa que fiz foi dar incentivos para trazer grandes empresas para o Tocantins”, afirmou.
Gaguim relatou que investiu 19% na saúde e mais de 26% na educação, além da autonomia aos poderes, e fez comparações do seu Governo com o atual. “Eu fui criticado por ter um custeio da máquina valor de R$ 1.395.000,00 sendo que no atual governo são R$2 bilhões. Deixamos R$ 200 mi em caixa, o TO não ficou inadimplente em nada”, disse o ex-governador.
Gaguim defendeu que sua administração no Estado foi feita com “carinho”. “Deixamos aprovados R$ 280 mi pelo BNDES para a construção do hospital em Araguaína, R$ 11 mi para começar o projeto do hospital de Gurupi, apresentamos projeto para a duplicação da Belém-Brasília, deixamos dinheiro em caixa para construção de 80 pontes. Não deixei o estado quebrado. Ora, como um estado quebrado conseguiria R$ 1 bilhão de empréstimos agora?”, questionou.
O deputado e presidente José Augusto Pugliese (PMDB) apresentou relatório favorável a aprovação das contas. O deputado Freire Junior, Raimundo Palito (PP) e Amália Santana votaram favorável à aprovação. A decisão foi, então, unânime na Comissão de Finanças e o parecer do Tribunal de Contas foi rejeitado. Parecer este que segue agora para votação no plenário.
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