O requerimento apresentado pelo deputado estadual Sargento Aragão, que pedia a convocação da ex-contadora do doleiro Alberto Yousseff, Meire Poza, foi aprovado pela CPI do Igeprev na manhã desta terça-feira, 4, em reunião na Assembleia Legislativa (AL).
A ex-contadora prestou depoimento à CPI da Petrobras e afirmou que deixou de prestar serviços ao doleiro quando chegou à sua contabilidade, aplicação de R$13 milhões no Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev), de um total de R$23 milhões.
À época da solicitação, o deputado declarou que "a coisa é tão pesada que tem envolvimento com outro doleiro. A gente precisa trazer urgente essa mulher para dar esclarecimentos”, disse Aragão.
O doleiro Alberto Yousseff foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, que apura lavagem de dinheiro. A solicitação em trazer Meire Poza, pretende aprofundar seu depoimento à CPI da Petrobras em Brasília, já que ela teria mencionado o Igeprev nos relatos de desvios promovidos por Youssef.
Eduardo Siqueira Campos
Os deputados de oposição ao governo que compõem a CPI, Zé Roberto e Aragão, também queriam a convocação de Eduardo Siqueira Campos, que já foi presidente do Conselho de Administração do Igeprev, mas não houve acordo com os demais membros, que afirmaram que é preciso recolher mais documentos pra aprovar a convocação.
“Nós solicitamos a convocação. Ficou certo que íamos juntar mais informações para trazer ele [Eduardo Siqueira]. Estamos indo para Brasília essa semana colher mais informações da Operação Lava Jato e no Ministério da Previdência”, informou Zé Roberto.
Uma visita da à Polícia Federal foi agendada para as 15 horas da quinta-feira, dia 6. Os deputados Sargento Aragão (PROS), Zé Roberto (PT) e Ricardo Ayres (PSD) irão até Brasília para colher informações sobre envolvimento de autoridades do Tocantins no desvio dos recursos do Igeprev.
Delegado substituído
Na mesma reunião foi lido o ofício do secretário de Segurança Pública, José Eliú, comunicando a substituição do delegado de polícia que assessorava a CPI, José Evando de Amorim, pelo também delegado Alberto Carlos Rodrigues Cavalcante. Segundo Eliú, José Evando recebeu aposentadoria voluntária, o que causou seu afastamento do apoio técnico à comissão de investigação.
(Com informações da Dicom/AL)
Comentários (0)