A CPI da Saneatins se reuniu novamente na tarde de quarta-feira, 11, para ouvir o diretor presidente e diretor vice-presidente da empreiteira Emsa, Anibal Crosara Júnior e José Correa Crosara, respectivamente, além do presidente da Companhia de Saneamento do Estado do Tocantins (Foz|Saneatins), Mário Amaro. Nenhum deles compareceu.
A assessoria de imprensa da empresa Foz|Saneatins comunicou, por telefone, que o presidente não compareceu porque não foi notificado pessoalmente, o que argumentam ser o procedimento correto.
Ficou decidido que os representantes citados serão convocados coercitivamente para as oitivas do próximo dia 24. “Fica decidido que os parlamentares solicitarão auxílio às Policias Civil e Federal para convocar e conduzir coercitivamente os representantes”, afirmou a Secretaria da Presidência da CPI da Saneatins.
A reunião começou às 14 horas e as discussões foram acaloradas entre os parlamentares. O líder governista Carlão da Saneatins declarou que esteve com o presidente da empresa e que ele lhe disse que não havia sido convocado. O presidente da CPI, Eduardo do Dertins, disparou: “nossa secretaria vem tentando encontrar e a informação que eles dão é que estão viajando. Agora o Carlão conseguiu se encontrar pessoalmente, então eles estão faltando com a verdade”.
O deputado Carlão respondeu: “se a informação é mentira eu não sei". O discurso do parlamentar mudou em seguida, quando disse que “o que eu quero dizer é que numa conversa que tive com o presidente [Mário Amaro] ele disse que não foi convocado oficialmente”. Carlão propôs que se use a força para convocar as testemunhas então, “da maneira que foi aprovado na última reunião, que use o que for necessário, que use de todos os meios”.
Mais tarde, Carlão da Saneatins disse que só reforçou a decisão da última reunião da CPI, não propondo o que o presidente trata como proposta. “Essa maneira de convocação não é sugestão do deputado Carlão da Saneatins, eu estou cobrando o porquê já não se utilizou a sugestão do deputado Pugliese de usar a força. Que deixe isso claro”, disse.
O presidente da CPI, Eduardo do Dertins, disse que não há justificativa para o que os representantes estão fazendo, tanto que a própria empresa entrou com mandado de segurança alegando que não dispunha das informações necessárias para responder à CPI. No entanto, para o presidente da CPI, “não existe nenhuma justificativa ou elemento jurídico que dê amparo para que nenhuma das três testemunhas venham aqui depor”.
Eduardo do Dertins disse ainda que “o que me estranha é que a empresa encontrou truques pra que não pudesse vir na oitiva e depois de tanta traquinagem dizer que não teve conhecimento da oitiva. Eu não tenho como entender essa história que é uma história da carochinha. Eu sou um representante do povo", declarou.
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