Danilo de Melo vai à Câmara apresentar avanços e rebate críticas de vereadores

O secretário de Educação do Município apresentou dados que comprovam avanços na melhoria da educação em Palmas. Danilo falou ainda sobre a discussão sobre igualdade de gênero e eleição para diretores

Danilo usa a Tribuna
Descrição: Danilo usa a Tribuna Crédito: Ascom

O Secretário da Educação de Palmas, Danilo de Melo, esteve na Câmara de Palmas na sessão desta quinta-feira, 23, para esclarecimentos em relação à Pasta da Educação.

 

Durante seu pronunciamento na Tribuna, Melo defendeu as ações: “Não tem nenhum CMEI nosso lotado, temos na prática cinco educadores cuidando de 30 crianças. Algumas escolas têm baixo custo e tem bom desempenho, e outras têm muitos custos e não conseguem atingir um bom desempenho, muitas delas na zona rural, que têm muito gasto com transporte”.

 

Ele destacou ainda itens como o alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDHm): 10º lugar entre as capitais; 5º lugar IDGm, e ainda o alcance de metas do Plano Nacional da Educação, em que há 12 metas do Município: 36% de matrículas em creche e 92% em pré-escola; 100% das ofertas de vagas para o Ensino Fundamental; Educação Especial Inclusiva, com 100% das matrículas ofertadas; 92% alfabetizados até os oito anos; 70% matrículas em educação integral; 96,3% de alfabetização e alfabetismo de jovens e adultos; EJA integrada à Educação Profissional (Projovem, Pronatec, CEJA); Titulação de professores da educação superior; formação de professores; valorização do professor (piso salarial de nível superior de R$ 3.260,00, plano de carreira docente, Gestão Democrática – escolha de diretores.

 

Vereadores questionam

O vereador e presidente da Câmara, Rogério Freitas (PMDB), disse que é contra a eleição de diretores, porque segundo ele, o diretor deve ser indicado por sua capacidade técnica, e não política.

 

Outro que pediu uma solução sobre outro problema foi Milton Neris (PR): “Precisamos ter uma política mais clara sobre a utilização das escolas para eventos particulares. Precisamos estabelecer uma política, pois às vezes são praticados preços que a população não pode pagar”, questionou.

 

Outro questionamento polêmico de Neris, foi em relação à discussão da ideologia de gêneros nas escolas: “Não posso admitir que na escola tenha que ter essa preocupação. Isso não é uma discussão de educação, opção sexual é problema de cada pessoa e inserir isso no Plano Municipal é uma falta de respeito com a sociedade brasileira. Não vou colocar meus filhos em uma escola que se preocupa com ideologia de gêneros. Isso não é preconceito, mas é algo de cada um”, disse ele.

 

Vereadores pedem que ideologia de gênero não seja discutida nas escolas

Em pronuciamentos, alguns vereadores faaram sobre a discussão sobre ideologia de gênero nas escolas do município.

 

O vereador Lúcio Campelo (PR) disse que “a educação é para ganhar conhecimento, mas a educação de fato, eu sigo os conselhos que meu pai e minha mãe me passaram. Agora, pegar a criança de 6, 7 anos e discutir sexualidade com ela? Ela nem sabe o que é”, afirmou. 

 

“Ideologia de gêneros é apenas um pano de fundo para entrar nas casas. Eu convivo com toda sorte de pessoas, sou tranquilo para conviver com qualquer um, mas há certas coisas que fogem da ética e moral, é preciso ter muito cuidado ao tratar dessas questões em nossas escolas”, disse o vereado Joel Borges (PMDB).

 

“Acredito que temos que fazer a nossa parte, aquilo que o povo confiou e nos deu a oportunidade de representar", afirmou o vereador Adão Índio (PSL) sobre o assunto.

 

Já o vereador Claudemir Portugal disse que o assunto não foi discutido na Conferência Municipal de Educação, mas ressaltou que o assunto deve ser debatido, se houver necessidade.

 

Júnior Geo aponta outros questionamentos

O vereador Júnior Geo (Pros) também fez questionamentos ao secretário, e fez apontamentos: “A educação de Palmas teve uma série de avanços, quero parabenizar por isso. Mas há alguns problemas, as progressões horizontais não estão sendo cumpridas, gostaria de uma previsão, e se vai haver impactos no PCCR na meritocracia. Nas escolas, o cardápio não é cumprido, por algum motivo, tendo em vista que o cardápio é feito para cumprir a necessidade para o desenvolvimento dos alunos”.

 

Danilo responde questionamentos e aponta medidas

Sobre a discussão da igualdade de gêneros, Danilo respondeu que “as questões de ordem de gêneros não devem pertencer ao plano municipal, essa é minha convicção, acredito que a maioria dos educadores atendem a essa perspectiva. Não podemos transformar um padrão que é a maioria para uma discussão que é da minoria. A opção sexual não é matéria que esteja no Plano Municipal de Educação. Posso estar errado, mas é minha opinião”, disse o secretário.

 

Sobre a seleção de diretores, Danilo disse que o que pretende é uma seleção mista, e concordou que a eleição “vira politicagem”.

 

Sobre as progressões horizontais, ele disse que estão sendo pagas as que já estão definidas, e que por determinação do prefeito Amastha, elas não devem ser atrasadas. O secretário reafirmou que não existe superlotação nas escolas. Ele reiterou ainda, que o cardápio deve ser discutido e readequado.

 

"Precisamos melhorar muito, nosso prefeito tem agido de forma obstinada, e estamos à disposição dos vereadores. O sistema de educação de Palmas é um sistema bom. Palmas é uma cidade que trata bem as suas crianças, e precisamos evoluir, junto com o Estado, não podemos fazer nada sozinhos", conlcuiu.

 

 

 

 

 

 

 

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