Debate da TV Anhanguera vira entrevista com Vicentinho devido ausência de Carlesse

Vicentinho tem 20 minutos para falar à população, já que Carlesse não compareceu ao debate.

Como já era aguardado pelo seu oponente e pela emissora, o governador interino e candidato a eleição suplementar, Mauro Carlesse (PHS) não compareceu ao debate do segundo turno da TV Anhanguera, filial da Rede Globo. O único presente no programa foi o senador e candidato, Vicentinho Alves (PR), que será entrevistado por 20 minutos. 

 

O apresentador do debate lamentou a falta de Carlesse no programa e abriu espaço para Vicentinho realizar duas perguntas que seria destinadas a ele. O senador teve 30 segundos para cada pergunta. 

 

Na primeira pergunta, Vicentinho disse que estava olhando para um vazio, fazendo referência a falta do oponente, e mencionou que o candidato estaria em casa ao lado dos ex-governadores Siqueira Campos e Carlos Gaguim. Dando continuidade, questionou Carlesse sobre a presença da Polícia Federal nas dependências do Estado nos últimos dias. 

 

Já na segunda pergunta, o senador perguntou ao governador interino o motivo dele colocar membro da família na política. Mencionou o sobrinho que é secretário de Infraestrutura e responde por processo no Estado de São Paulo

 

Entrevista 


Com a ausência de Carlesse, o formato mudou e Vicentinho Alves foi entrevistado pelo mediador por 20 minutos. A entrevista foi dividida em dois blocos.

 

Abrindo o primeiro bloco da entrevista, a apresentador comentou sobre os 30 anos de vida pública de Vicentinho no Tocantins e o questionou o porquê de ter mudando o tom da campanha, partindo de um primeiro turno mais propositivo, para um segundo, com mais confronto com o adversário. 

 

Vicentinho respondeu que “no primeiro turno eram sete candidatos e agora somos apenas dois. O eleitor tem que saber qual é o perfil do candidato e do outros. Somos diferentes, temos histórias diferentes. Então, não é agressividade é separando as candidaturas. Tenho 30 anos de vida pública sim, sou um nativo do meu Estado” conferiu. 

 

Continuou dizendo que “enquanto o candidato do governo, Mauro Carlesse, nomeia milhares de pessoas, eu exonerei meus servidores que me acompanham, do nosso gabinete no senado, é só buscar. Eu pedi licença do Senado, para não estar faltoso com minha instituição. São detalhes que daí começa toda a separação” disse.

 

Depois, o entrevistador comentou que gostaria de tirar uma dúvida sobre um assunto que o candidato estaria focando em sua campanha, de que donos de carros apreendidos em pátios não deveriam pagar pelas diárias cobradas pelo Estado e se isso não se enquadraria em uma ilegalidade. 

 

Vicentinho, então, mencionou que os valores cobrados pelas estadias dos carros apreendidos são um absurdo. O projeto não tira do proprietário os deveres de pagar pelas dívidas junto ao Estado, mas somente pelas diárias após apreensão do carro. “Tem que separar as taxas do Detran dessas diárias da freeway (empresa terceirizada). Isso é uma tramoia, vou devolver as motos e vou devolver os carros. Depois eles vão diretamente no Detran regularizar os seus veículos”.  

 

No segundo e último bloco, a entrevista deu sequência abordando assuntos como saúde e dívidas do Estado. Sobre a saúde, o mediador perguntou para Vicentinho qual o seu plano de governo para acabar com a fila de cirurgias eletivas nos hospitais. 

 

Se eleito, Vicentinho afirmou que é necessário primeiro “regularizar” o Estado para vir recursos. “O problema é gestão, concentrado muito nos grandes centros. Nós vamos fazer o inverso. É lá da base da pirâmide, dos Hospitais de Pequeno Porte que estão desativados, que vamos chegando aos de médio porte. A pessoa quebra um dedo e vem para o HGP, que é um hospital de alta complexidade. Tudo isso você equipando, colocando médicos, medicamentos e organizando laboratórios, você vai fazer com que as pessoas não venham para cá”. 

 

Por fim, a entrevista abordou o tema segurança pública. Um dos pontos mencionados pelo entrevistador foi a Operação da Polícia Civil na possível fralde no último concurso da Polícia Militar. O candidato comentou que, se eleito, vai dar celeridade no concurso, mas que será auditado observado o que será apurado pela Civil. 

 

“Aqui está um filho da terra, que considero esta terra minha mãe. Mãe não se dá, não se troca e não se vende", finalizou Vicentinho.

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