Após convocarem uma sessão extraordinária nesta terça-feira, 08, os deputados aprovaram em plenário o parecer do relatório da Comissão de Estudos sobre a viabilidade do concurso da Assembleia Legislativa, que pede, entre outras recomendações, o cancelamento do certame. O ato foi realizado após o presidente da Casa, deputado Osires Damaso (PSC), contestar o parecer da comissão.
O presidente da comissão, deputado Zé Roberto (PT) disse que esperava que o parecer fosse aprovado pelo presidente da AL. “A gente achou que o presidente iria acatar o relatório de imediato, mas isso não aconteceu. Então nós fizemos um requerimento para que o relatório fosse aprovado pelo plenário”, disse o deputado em entrevista por telefone ao Portal T1alt Notícias na tarde desta terça.
A partir de agora, para que o concurso seja de fato cancelado e as recomendações passem ater valor legal, é necessário que os deputados aprovem um decreto legislativo que será votado na sessão desta quarta-feira, 09.
Segundo Zé Roberto, o decreto já saiu da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e está na mesa da Presidência para que seja votado. “Nesse decreto, vai ser votado para sustar o concurso, como está proposto no regimento. Então deve ser votado pela manhã ou à tarde”, disse Zé Roberto.
Votação
Na sessão desta manhã, que foi presidida pela deputada Luana Ribeiro (PDT), o relator do parecer, deputado Ricardo Ayres (PSB) disse que no relatório da comissão constam os apontamentos necessários para que o concurso se inviabilize. “Nós estamos devolvendo ao plenário, aquilo que nos foi determinado”, afirmou Ayres.
Na votação do parecer do relatório Amélio Cayres (SD) votou contra a matéria alegando que é a favor do certame. “Eu vou me manifestar favorável ao concurso, quando for a oportunidade”, disse Cayres ao manifestar seu voto.
O deputado José Bonifácio (PR) não poupou críticas à forma como o concurso foi elaborado. “Eu não posso aceitar essa demagogia barata de estar jogando flores para a plateia (...) Este concurso, se for realizado da maneira que está, está fadado a ter alguns privilegiados, até dessa Assembleia e ter as vagas vendidas”, disse Bonifácio, ressaltando que a Funrio, empresa contratada, não tem credibilidade. “É uma empresa que não atende aos requisitos. Não tem credibilidade”, criticou.
(Atualizada às 8h30 do dia 09/11)
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