Deputados se solidarizam com deputadas após ofensas por voto na Câmara Federal

Os deputados estaduais repercutiram as agressões verbais sofridas pelas deputadas federais do Tocantins pelas redes sociais devido ao posicionamento contrário à redução da maioridade penal.

Deputados se solidarizam com deputadas
Descrição: Deputados se solidarizam com deputadas Crédito: Dicom/AL

O deputado Zé Roberto (PT) se solidarizou com a deputada federal Professora Dorinha (DEM) pelos ataques sofridos por ela nas redes sociais, após posicionamento contrário à redução da maioridade penal, aprovada em primeiro turno na Câmara Federal na última semana. O deputado definiu as agressões verbais como “covardia” e outros deputados aderiram e também se solidarizaram ao lembrar que as deputadas Josi Nunes (PMDB) e Dulce Miranda (PMDB) também sofreram as agressões.

 

A deputada Luana Ribeiro (PR), uma das três mulheres do parlamento estadual, fez coro aos seus pares e lembrou que “vivemos um momento de democracia” e ao lembrar a constante luta das mulheres “que eram e ainda são agredidas”. Para Luana, as mulheres tem que se voltar contra “essas atitudes machistas, desrespeitosas e provincianas”.

 

A deputada Valderez Castelo Branco (PP) também registrou seu apoio às deputadas, bem como a deputada Amália Santana (PT), que ressaltou que “as mulheres tem o direito de votar como os homens votam”.

 

Já o deputado José Bonifácio (PR) disse que as agressões não são configuradas como machismo e as igualou às sofridas por qualquer parlamentar. “O Zé Roberto mesmo sofreu muita pressão e no momento em que estamos na tribuna a pressão e a agressão que sofremos”, disse o deputado ao lembrar a agressão física sofrida por ele em Porto Nacional, durante um jogo de futebol.

 

O deputado Paulo Mourão (PT) entende que “um dos pilares da democracia é o livre direito de expressão e opinião” e para ele as opiniões radicais de uma minoria acaba levando a agressão. Na oportunidade, o deputado aproveitou para lembrar a pressão sofrida hoje pela presidente Dilma Rousseff (PT).

 

Repúdio solidário

Um dos maiores defensores da não redução da maioridade penal no parlamento estadual, o deputado Ricardo Ayres (PSB) foi categórico ao registrar a sua solidariedade às agressões sofridas pelas deputadas, mas não deixou de lembrar a mudança de voto da deputada Dulce Miranda na segunda votação feita na Câmara e que foi entendida como um “golpe” do presidente Eduardo Cunha (PMDB).

 

Ayres citou ainda o deputado César Halum (PRB) que também teria mudado o voto. “Não posso deixar de trazer o meu descontentamento aos deputados César e Dulce por terem mudado de opinião quanto ao voto”, finalizou.

 

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