Em entrevista ao T1 Notícias na tarde desta quarta-feira, 29, o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR), declarou que a decisão de não apoiar César Halum (PRB) ao Senado se deu após o descumprimento de um acordo político por parte do deputado federal. “A gente apoiaria ele [Halum] e em contrapartida ele apoiaria o Thiago Dimas para deputado federal”, conta Ronaldo Dimas.
Ocorre que no decorrer de 15 dias, apenas um ex-vereador de município teve contato com o candidato Thiago Dimas, que também é filho do prefeito de Araguaína. “Nós sentamos com o deputado César Halum, já tem mais de 15 dias, o primeiro item de um acordo nesse sentido seria a reciprocidade. Isso ficou certo e nós aguardamos. Nada aconteceu. O descumprimento gerou a abertura de outras possibilidades, que, politicamente, o Irajá ofereceu”, conta o prefeito.
Segundo Ronaldo Dimas, alguns prefeitos, líderes importantes da região norte do Estado e ligados à Irajá Abreu, já passaram a apoiar Thiago Dimas. Para o prefeito, a oportunidade foi dada a César Halum, mas o descumprimento por parte dele ocasionou a abertura de outra conversação e o apoio ao Irajá Abreu.
Relação na berlinda
Apesar de ser um importante líder da região norte do Estado, o deputado federal César Halum já vinha tendo uma relação na berlinda com o prefeito de Araguaína. Fato é que, na eleição para prefeito de 2016, um aliado de Halum, que vinha conversando com o grupo de Ronaldo Dimas, deixou-os para ser o candidato a vice em outra chapa. O episódio fragilizou a relação política entre Dimas e Halum.
Acusado de traição por aliados de Halum, Dimas disse ao T1 que não traiu o deputado federal. “Não é assim que eu ajo e não é assim que eu quero que as pessoas ajam comigo”, e completou: “não houve nenhuma traição, até porque se houvesse cumprimento, haveria a concretização. Se houve traição, quem traiu foi da parte dele e não eu”, finalizou.
Em nota, Halum disse que respeita a decisão de Dimas.
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