Direção pede cargo de Fábio Ribeiro no PSOL: secretário se diz vítima de golpe

A Direção Estadual do PSOL, por maioria em reunião, quer a saída de Fábio Ribeiro, secretário geral do partido, da diretoria. Ribeiro afirma que sua saída atenderia interesses externos e cita Palácio.

Fábio Ribeiro, secretário geral do PSOL
Descrição: Fábio Ribeiro, secretário geral do PSOL Crédito: T1 Notícias

Parte da Direção Estadual do PSOL quer a saída do secretário geral da sigla, Fábio Ribeiro, da diretoria do partido. “Sou vítima de uma situação que atende a interesses externos”, afirmou Ribeiro.

A Direção do PSOL, numa reunião realizada no sábado, 24, a maioria presente optou pela saída do secretário geral. Fábio Ribeiro afirma que a medida é ilegal e que acredita estar sendo vítima de um golpe. “Existe uma intenção por trás de tudo isso”, disse. Se o secretário geral perder o cargo na Direção, ele pode perder também seus direitos políticos.

O secretário afirmou que não foi comunicado oficialmente da intenção da Direção, mas disse que participou da reunião e que, dentre os argumentos utilizados pela Presidência do PSOL, ele foi acusado de “fazer campanha para o Mário Lúcio Avelar”. Fábio Ribeiro afirmou que fez a campanha do procurador federal por 18 meses, mas que com sua ida para o PPS, continuou no PSOL buscando novos nomes para o partido. “Eu não deixei de ser amigo do procurador por causa do PPS”, defendeu.

Para Ribeiro, a atitude da Direção não se justifica apenas como uma divergência interna. “Até ontem eu era bom e agora, do dia para a noite, eu passei a ser ruim?”, questionou. Fábio Ribeiro afirmou que pretende disputar as eleições e que participará das convenções. “O trâmite é que eles me notifiquem, advirtam e comuniquem a Nacional que irá analisar. Eles não podem me tirar do cargo”, pontuou.

Ainda de acordo com Fábio Ribeiro, a sua saída da direção poderia atender a interesses “ou do Palácio ou da Prefeitura. Se eu não for candidato a nada, atende somente ao interesse deles, que são contra o que eu falo”. Para ele, sua saída facilitaria também o caminho para que o PSOL se coligasse ao PSB, PV e PROS, “mas a minha linha é o que manda a nacional: PSTU, PCB e o PPS, do Mário Lúcio, se oposição ao Palácio”.

Por fim, o secretário geral afirmou que acredita no estatuto e na ideologia do partido.

 

Mudanças na Direção

A presidente do partido, Dorineide Assunção, chegou a declarar por telefone ao T1 Notícias que a direção está passando por mudanças. Entretanto, logo após a declaração, ela disse que não poderia falar com a equipe de reportagem no momento. 

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