O governo do Estado vai dar andamento à formatação de projeto para que o governo federal autorize empréstimo junto ao BNDES, com o objetivo de sanear a situação financeira e dar aporte a obras de infra-estrutura e construção civil nos 139 municípios do Estado.
A informação é do secretario Eduardo Siqueira Campos em entrevista ao T1 Notícias no final de semana, ratificando a proposta que lançou durante encontro de prefeitos promovido pelo governo federal em Palmas.
“Quando eu coloquei a proposta estou apontando um caminho ao governo federal para ajudar os municípios no interior do Brasil. Se a União pode gastar R$ 1 bilhão no Maracanã para se preparar para a Copa, por que não pode investir num lugar que é o celeiro da produção de grãos?”, questionou.
Eduardo lembrou que o Brasil tem ajudado Cuba, Venezuela, África, entre outros países, com financiamentos e que não há justificativa para que a União deixe de socorrer os municípios, com recursos que serão pagos.
“É preciso aproveitar este momento de juros baixos. Nossa intenção é pegar os 100 municípios menores e dar um aporte de R$ 1 milhão, para que eles reponham perdas, equilibrem seu caixa, quitem precatórios. Depois temos 30 municípios numa faixa de população maior, que poderiam receber um aporte na faixa de R$ 5 milhões cada. E nos restariam os nove municípios mais populosos do Estado, fora Palmas, que é a capital e por isso teria um aporte especial”, analisou.
Segundo o secretario, à capital poderia se estimar algo em torno de R$ 100 milhões para infra-estrutura. “E feito isto ainda teríamos uma segunda rodada. Araguaína, por exemplo, qual a maior demanda? Recapear toda sua malha asfáltica? Isto seria possível dentro deste montante que estamos estimando de R$ 1, 39 bi para o Estado todo”, argumentou.
Como pagar
Falando da Receita Corrente Líquida, o secretario avaliou que a capacidade de endividamento do Estado está bem acima do valor proposto. “Sobre a capacidade de pagamento, nós ainda temos, mas veja só: imagine este Estado transformando num canteiro de obras de Norte a Sul. Não faltarão recursos na nossa economia para aumentar a arrecadação”, prevê.
“Nós conseguiremos pagar com tranquilidade, e te digo que viabilizada esta proposta, teremos a segunda maior revolução nesta região depois da criação do Estado”, afirma Eduardo Siqueira.
Um projeto amplo e detalhado, apontando as necessidades e prevendo estimativas de desembolso deve ser construído nos próximos dias. “Acabamos de conseguir aprovar, com o empenho da senadora Kátia Abreu, um projeto da Secretaria das Cidades e Habitação, prevendo 16 mil casas no Bico do Papagaio, excepcionalmente. Isso só acontece com projetos estruturados, que têm começo meio e fim, justificativas. Temos uma equipe preparada para isto”, finalizou.
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