Eduardo diz que governo executa emendas com critérios e não discrimina deputados

O secretário Eduardo Siqueira disse ao T1 Notícias que não recomendou ao sub-secretário Torezani recusar atendimento a pedidos de Freire Jr, mas alerta: "poder discricionário do governo é o mesmo"

 

O secretario de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos(PSDB), disse por telefone ao Portal T1 Notícias que o critério de liberações de emendas que o governo do Estado usa é o mesmo utilizado pela União. O governo foi acusado pelo deputado Freire Jr. de discriminá-lo no atendimento aos pedidos que encaminhou recentemente através do seu chefe de gabinete. "Então vamos lá, eu também acho que o deputado discrimina o governo quando não vai à tribuna para elogiar uma ação sequer, como a inauguração da ETI ontem, ou o recapeamento de estradas no Sudeste", disparou.

 

Em resposta à crítica do deputado Freire Jr(PSDB), de que o sub-secretário Nelson Torezani teria dito ao prefeito de Fortaleza do Tabocão que os pedidos do deputado não seriam atendidos com relação à Festa do Bonfim, Eduardo disse que desconhece a conversa. “Tem três dias que eu não falo com o Torezani, não dei a ele orientação para que agisse assim, mas não vou deixá-lo na berlinda. Nós seguimos o mesmo modelo que utiliza a União”, disse Eduardo.

 

“Assim como o deputado escolhe as emendas que apresenta usando o poder discricionário que tem de escolher temas da sua região, e atender prefeitos da sua base de apoio, nós também o fazemos”, dispara o secretário de Relações Institucionais.

 

Eduardo disse ainda que o deputado Freire Jr. já foi governo e já foi oposição em Brasília e compreende perfeitamente como funciona a liberação de emendas. “Quem tem harmonia com o executivo, tem capacidade de articulação, normalmente apresenta propostas dentro das políticas públicas do governo, e consegue liberá-las. Se formos olhar nossa história recente, este é o governo que mais liberou emendas. Inclusive, ao longo dos anos, as emendas do deputado”, afirmou.

 

Sem Orçamento impositivo

 

O secretario lembrou ainda que o Tocantins não executa orçamento impositivo. “Em Fortaleza do Tabocão temos um projeto de fazer aquela rampa, com custo de R$ 800 mil. E vamos executá-lo, é projeto de governo”, respondeu ao ser questionado especificamente sobre o apoio para a Festa do Bonfim.

 

“Nenhum dos 139 prefeitos do Estado são considerados de oposição para mim, no trato institucional. Agora, sem querer fulanizar, será que a deputada Luana, o deputado Marcelo, colocariam emendas suas para o prefeito Amastha, que é seu adversário executar? Claro que não. Podem até colocar uma ou outra, mas não vão se concentrar nisto”.

 

Respondendo Luana

 

Falando sobre a deputada Luana Ribeiro e suas críticas com relação à imparcialidade na liberação de emendas, Eduardo comentou: “ela acabou de colocar pílulas na TV em que elogia o trabalho do pai como o senador que mais liberou creches, que mais libera e paga emendas. Então eu pergunto, o governo federal é parcial, ou isso é fruto da articulação dele, da harmonia que tem com o governo federal? A regra aqui é a mesma”.

 

Sobre Lélis

 

Quanto à qualquer dificuldade do governo em executar emendas do deputado Marcelo Lélis Eduardo disse que desconhece. “Eu não entendo nem por que o nome do deputado Marcelo foi incluído nisto por que ele teve execução plena das emendas dele”, argumentou Eduardo.

 

O deputado Marcelo Lélis está em viagem para o exterior e não foi encontrado para comentar o assunto.

 

Sem discutir PSDB

 

O secretario evitou responder questionamentos sobre a composição da nova direção do PSDB no Estado. “Eu não discuto assunto de natureza partidária enquanto secretário”- disse – “decisão de comando do partido deve ser tratada com o Ernani. Não é assunto de governo”.

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