Eduardo e Barbiero não querem afastamento de Miranda: tema geraria instabilidade

"Ele vai sair de qualquer jeito ano que vem", afirmou Eduardo Siqueira que não quer o afastamento de Miranda agora; "Assumir a vice é trocar seis por meia dúzia", disparou Barbiero também contrário

Rito de afastamento do governador tramitará na AL
Descrição: Rito de afastamento do governador tramitará na AL Crédito: Foto: Divulgação

O T1 Notícias repercutiu na manhã desta quarta-feira, 11, com os poucos deputados estaduais presentes na sessão da Assembleia Legislativa, o pedido de impeachmant do governador Marcelo Miranda (PMDB) que terá andamento na Casa conforme adiantado em entrevista exclusiva ao T1 pelo presidente Mauro Carlesse (PHS). Cinco deputados foram ouvidos e se posicionaram sobre o tema. Também em entrevista ao T1 na manhã desta quarta-feira, 11, Carlesse afirmou que 15 deputados cobram o andamento do tema. Apesar de fazerem oposição aberta a atual gestão, Eduardo Siqueira Campos (SD) e Alan Barbiero (PSB) não querem o afastamento de Miranda. Para Alan, se a vice (Cláudia Lelis) substituir, “é trocar seis por meia dúzia”.

 

Para o veterano em política, Eduardo Siqueira Campos, essa discussão só geraria instabilidade política e econômica e pode fragilizar o Estado. “Acho desnecessário. Para o Tocantins seria uma crise profunda e um desestímulo. Quanto tempo levaríamos para cumprir todo o rito de afastamento. Ano  que vem já temos uma eleição... Ele vai sair no dia 7 de outubro de qualquer jeito. O que precisamos é nos juntar para, independente de qual governador será eleito no Tocantins, como é que estado vai viver”, disparou.

 

O deputado Alan Barbiero, que também faz oposição ao governo, considera que seria desgastante para o Estado afastar o governador e defende a escolha democrática de um novo chefe do executivo. “Já estamos nos aproximando de um processo eleitoral. O impedimento tem um rito a ser seguido que leva um tempo, pois ainda tem o direito de defesa. Tudo isso traria instabilidade para o Estado. Além disso, tirar o governador e assumir a vice seria trocar seis por meia dúzia. Eu vejo que o debate não possa ser feito, mas não sou favorável ao afastamento. Acredito que o melhor é cada um se candidatar e disputar nas urnas. Que vença o que o povo quer, inclusive virar essa página no Tocantins e eleger um governador que tenha mais atitude e capacidade de administração que enfrente os nossos problemas”, argumentou o pessebista.

 

Embora a bancada do seu partido já tenha declarado abertamente oposição à atual gestão, o petista Zé Roberto, afirmou que ainda não tem um posicionamento e alegou que aguardará uma tomada de decisão do partido. “Vamos nos posicionar sobre isso com muito cuidado. Ainda não vimos o processo, quais são as acusações, vamos conversar entre executiva do partido e bancada para decidirmos qual decisão tomaremos em relação a esse processo de impeachment”.

 

Com Marcelo

Para o governista Amélio Cayres (SD), que claramente se posicionou contrário ao impeachment, o afastamento geraria instabilidade e não representa o que a sociedade quer no momento. “Acho desnecessário o assunto neste momento. O estado precisa gerar emprego e renda, crescer, e isso não colaboraria com nada do que a sociedade precisa. Ressuscitar o impeachment numa situação dessa é reviver o que o estado vivenciou nos dois últimos mandatos que foram interrompidos e só serviu de atraso para o Estado. O investidor não vem mais em razão da insegurança política que vive o Estado. Questionar uma situação politica hoje não ajudaria em nada. A sociedade não nos elegeu para interromper mandatos”, defendeu.

 

Comentários (0)