O deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) usou seu tempo de pronunciamento na sessão desta manhã de terça-feira, 19, na Assembleia Legislativa para rebater informações divulgadas desde a semana passada, em que o Ministério Público Federal está investigando suposto desvio de verbas da saúde, durante o governo de Siqueira Campos, entre os anos de 2012 e 2014.
O parlamentar rebateu as acusações contra seu pai e ainda saiu em defesa da secretária da Saúde da época, Vanda Paiva, que também é uma das investigadas pelo MPF. “Não tenho procuração e ela não precisa de mim para se defender, mas sobre a ex-secretária Vanda Paiva, tenho a mais absoluta certeza, que ela vai sair ilesa dessas acusações. Todos os promotores a conhecem, professora universitária, mestre de outras matérias e uma mulher simples, dedicada. Errar todos erram, mas não vamos pré-julgar”, disse Eduardo Siqueira.
Com relação aos valores apontados pelo MPF, o democrata disse que fazendo uma conta matemática simples chega-se ao resultado de que não há possibilidade de desvio. “É muito simples, se temos a comprovação de que o Estado gasta ao ano cerca de 90% com folha de pagamento e o que é arrecadado para a saúde é R$ 1 bilhão por ano, como pode haver um desvio desse valor que está apontado na investigação [R$ 4 bilhões]? Penso que esses dados devem ser melhor avaliados”, comentou.
Em defesa ao seu pai, Eduardo Siqueira disse que “o dano à imagem é irreparável, aos 88 anos e desses, 52 vividos no Tocantins, José Wilson Siqueira Campos não tem nenhuma condenação e sempre foi respeitado em todos os 139 municípios. Deixamos o governo com obras em andamento e ouvi aqui que tiraram recursos do HGP para outra rubrica. Se tirou dinheiro de contrato, o Banco do Brasil também terá que ser responsabilizado, porque um empréstimo para obra pública deve ter comprovado seu início, meio e fim”, destacou o parlamentar.
Eduardo ainda comentou que a Casa de Leis barrou recentemente o andamento do processo penal movido contra o governador Marcelo Miranda, e que investigava supostas irregularidades em contratos na saúde. “Se vale o argumento de que o governador Marcelo Miranda não deve ser investigado por não ser o gestor da saúde, isso tem que valer para Siqueira Campos, que deixou dos 19, pelo menos 17 hospitais em pleno funcionamento no Estado”, apontou.
O parlamentar ainda pediu a Casa busque ouvir o DenaSUS, para que seja explicado como os recursos foram utilizados e para quais finalidades.
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