Eduardo Siqueira critica reforma e diz que governo deve exonerar "fantasmas"

Eduardo Siqueira Campos disse em entrevista ao T1 Notícias nesta quinta-feira que para haver uma reforma efetiva no Executivo, o governo deve exonerar "fantasmas" e avalia nomeação de novos gestores

Deputado Eduardo Siqueira Campos
Descrição: Deputado Eduardo Siqueira Campos Crédito: Bonifácio/T1Notícias

O deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (PTB), que faz oposição ao governo do Estado na Assembleia Legislativa, se posicionou na manhã desta quinta-feira, 28, em entrevista concedida ao Portal T1 Notícias, quanto ao anúncio de medidas apresentadas por Marcelo Miranda, na tarde de ontem, durante cerimônia de posse de novos secretários, dentre eles três de Goiás e um do Rio de Janeiro. Eduardo ainda destacou sua preocupação com a greve dos servidores da Saúde e defendeu que funcionários com indicação política que não exercem suas funções devem ser exonerados.

 

Quanto às mudanças anunciadas, Eduardo Siqueira Campos disse que “eu não quero parecer, nem soar implicante, mas eu constato, na minha opinião, é que ele [Marcelo Miranda] fez uma inversão, ou seja, deixou de fazer o dever de casa de quem assume propor uma ampla reforma administrativa até para termos os prometidos choques, na verdade os choques foram só tributários, e com um ano de atraso, faz a reforma”.

 

O parlamentar defendeu sua posição contrária ao aumento de impostos aprovada em 2015, destacando que “durante o ano inteiro votei as coisas que entendia que podia votar, já quanto ao pacote de aumento eu votei contra porque esse não teve explicação porque não teve prazo, foi um absurdo cometido em 24 horas”.

 

Funcionários fantasmas

Quanto à redução de cargos e à junção de secretarias, Eduardo Siqueira Campos defendeu que “simples corte de secretarias, se não for acompanhado de corte de funcionários, principalmente os fantasmas, os gafanhotos da folha, o Estado não avança”.

 

“Existe muito fantasma que não é concursado, é comissionado de indicação política nos municípios que não faz outra coisa, aí eu não vou nem dizer que estão jogando baralho nem dominó, porque eu não sei o que eles estão fazendo, mas sei de uma coisa, não estão indo na repartição pública trabalhar e esses eu não os vi cortados”, comenta o parlamentar.

 

Secretários de outros Estados

O deputado defendeu a nomeação de secretários do Tocantins e disse que tem “pessoas daqui com condições de fazer bem e sem perder tempo em ter que conhecer e ser conhecido. Diante dos números do quadro que está se fazendo, do quadro que está a saúde, do quadro que está a segurança pública, sinceramente não entendo. A Segurança Pública está demandando uma ação e eu não vi nada nessa área. A da Saúde eu fico pensando o seguinte: eu tenho que torcer para que seja um grande secretário, mas você imagina, ele teve um ano na Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e não ficou, e lá está um caos. São preocupações que me vem à cabeça, mas estou na torcida para que seja uma pessoa que acerte”.

 

Eleições municipais

Eduardo disse que não tem pretensões para a disputa eleitoral à prefeitura de Palmas, mas como eleitor e deputado, que teve uma expressiva votação na Capital, pretende ouvir de cada candidato qual a sua prioridade. Com relação a apoio político, o parlamentar disse que sua preocupação é se “eles vão ficar quatro anos na gestão ou se eles vão ficar só um ano e três meses e sair para disputar algo em 2018, porque olha o risco, se uma pessoa vai ficar um ano e pouco você tem prestar mais atenção no vice do que no próprio candidato”.

 

“Palmas teve alguns avanços para mim? Teve, porém a decisão tem que ser fruto de uma reflexão, não é de pensar em 2018, porque o povo está vivendo em 2016, porque antes de pensar em 2018, já que na cabeça dos políticos é eleição, eleição, eleição, tem uma vida sofrida acontecendo nesse exato momento”, finalizou Eduardo Siqueira Campos.

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