O deputado estadual Eli Borges (PROS) afirmou na tribuna da Assembleia Legislativa do Tocantins (AL) na manhã desta terça-feira, 23, que foi intitulado pelo Movimento LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, de fundamentalista e defendeu-se: “nunca desrespeitei as buscas deles. Discordo, mas não desrespeito. Eu defendo a família tradicional”, disse.
Eli Borges, que é pastor evangélico, disse que nunca desrespeitou a qualquer grupo organizado no país, “mas deixei claro que a intimidade sexual das pessoas não deve ser colocada em livro didático. Quem quiser viver sua intimidade do jeito que quiser, que viva na sua própria intimidade”, argumentou.
A defesa do parlamentar diz respeito, ainda, a grande repercussão que gerou a revogação do Plano Estadual de Direitos LGBT, dez dias após sua aprovação.
“Querem dizer que estamos atacando e provocando homofobia. O que nós estamos fazendo é oferecer resistência e reação no sentido da perpetuação dos valores impregnados na família tradicional. Estamos reagindo na reação e não na provocação”, afirmou o deputado estadual ao reforçar seu posicionamento em defesa da manutenção da revogação do plano.
Para ele, a igreja tem um papel importante na formação do cidadão e no dia em que se deixar a adoração a igreja, permitido por uma lei, ou no dia em que for legalizada a venda da maconha no país, “os pais vão se lembrar que um parlamentar lutou pela família tradicional”, disse.
Além do papel da igreja e a legalização da maconha – sem ater a questão aprofundada do uso medicinal – Eli Borges tocou em outros assuntos polêmicos como o aborto. Para ele, a defesa que faz é em nome de “milhares de inocentes” e diz que “algumas pessoas estão dando um jeitinho de promover o aborto”. O deputado chegou a dizer que caso de uma mulher engravidar após ser violentada, a responsabilidade é do Governo de dar o acompanhamento psicológico “para resolver o problema dessa mãe”.
Devido se tratar de um debate polemizado, o parlamentar ameaçou processar quem ‘distorcer’ suas informações dadas na tribuna.
Por fim, o parlamentar declarou que defende a liberdade religiosa e a família tradicional do jeito que ela existe. “Quem quiser viver sua individualidade, viva. O todo é quando há coerência para o todo”, ponderou.
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