Em PL encaminhado à Câmara Amastha pede alteração na lei municipal de licitações

Uso da Ata de outros municípios poderá dispensar processo de licitação em Palmas. Oposição diz que prefeito está tentando legitimar atos já realizados pelo executivo em desacordo com a lei vigente...

Deu entrada na Câmara de Palmas na manhã desta terça-feira, 25, o Projeto de Lei nº14, de 18 de junho de 2013, que altera a lei 1.484 de 11 de julho de 2007, que dispõe sobre as normas específicas em matéria de licitação e contratos administrativos no âmbito do município de Palmas.

O PL, encaminhado pelo Executivo, solicita análise em regime de urgência, para alterar o processo comum de licitação para o Sistema de Registro de Preços (SRP). Na matéria, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha, justifica que "o sistema viabiliza ao gestor eficiência no processo de aquisição de bens e contratação de serviços, uma vez que o SPR não constitui uma modalidade de licitação e sim um procedimento administrativo que visa contribuir de forma ágil e eficaz nas aquisições pretendidas".

O líder da base do prefeito na Câmara de Palmas, vereador Joel Borges (PMDB), declarou que a alteração na lei será benéfica para o município de Palmas tendo em vista que facilitará a aquisição de bens e serviços. “Não vejo nada de ruim em usar a ata de preços e numa gestão como a do prefeito Amastha é interessante que as coisas aconteçam com celeridade”, declarou o vereador.

Segundo Joel Borges, Palmas vai ganhar com a celeridade nas contratações de bens e serviços já que poderá utilizar a Ata de Registro de Preços de outros municípios, que tem validade de um ano, e não precisará realizar o processo de licitação que duraria meses.

O vereador informou ainda que o PL poderá ser votado em sessão extraordinária após análise das comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e de Administração e Pública, Urbanismo e Infra-Estrutura Municipal, onde se encontra no momento, tendo em vista o recesso da Câmara que inicia no mês de julho.

Oposição

Da oposição, o vereador Lúcio Campelo (PR) declarou que o prefeito está propondo a alteração da Lei na tentativa de justificar seus atos que foram em desacordo com a mesma. “Ele (Carlos Amastha) está mudando o artigo que diz que a Ata de Registro só pode ser usada no âmbito federal e estadual, sendo que ele já usou no âmbito municipal e agora quer ficar em acordo com a lei. Mas ele vai ter que responder por já ter usado a ata de outros municípios sem estar na lei”, afirmou o vereador.

 

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