A família do prefeito de Miracema, Moisés Costa da Silva (o Moisés da Sercon), assassinado em agosto do ano passado, enviou um oficio para a Câmara Municipal manifestando repúdio e recusa ao projeto de lei do atual gestor, Saulo Milhomem (PRTB), que homonagearia Moisés batizando uma quadra poliesportiva da cidade com seu nome.
Atendendo ao pedido da família, a Câmara Municipal de Miracema rejeitou, na noite desta segunda-feira, 19, o projeto da Prefeitura. A votação foi acirrada. Por cinco votos a seis, o desempate só veio com o voto do presidente da Casa, Edilson Tavares.
Em contato com o T1, o irmão de Moisés da Sercon, Fidel Costa, afirmou que o local já foi homenageado e recebe o nome de Diogo Jardins, pai do ex-vereador de vários mandatos, Zacarias Jardins. “Ou Seja, ‘desomenagear’ uma família honrada e tradicional na cidade para homenagear outra, apenas para se sair de bom moço, diante da repercussão do caso e as manifestações realizadas por familiares e amigos e apoiadas pelos tocantinenses” disse.
Fidel Costa justificou ainda, que a quadra poliesportiva, que existe há pelo menos 30 anos, recebeu poucas alterações para ser novamente batizada. Ele não deixou de expressar também seu descontentamento com Saulo Milhomem. Afirmou que o prefeito demitiu familiares e amigos de Moisés, juntou-se com adversários e nunca visitou a família.
Já no documento protocolado na Câmara, os parentes de Moisés dizem que “a rejeição a ‘homenagem’ se dá diante de todo o histórico de atos e omissões praticados pelo atual gestor em relação ao nome, à história e à imagem do ‘homenageado’, o qual tem se reportado à pessoa de Moises Costa da Silva de forma ofensiva, como o fez durante uma entrevista concedida à Rádio Miracema FM em 2018, dentre diversos outros fatos ocorridos desde o dia 30 de agosto de 2018”.
Projeto rejeitado
O Projeto de Lei da Prefeitura de Miracema denominaria a quadra poliesportiva, situada na Praça Diogo Jardim, com a identificação de "Quadra Poliesportiva Moisés Costa da Silva".
Conforme os vereadores que rejeitaram o projeto, a decisão partiu do pedido da família de Moisés, que oficializou um documento na Casa. Os votos contrários foram da Maria Bala, Núbio Gomes, Natan Fontes, Ricardo Rocha, Nasci da Ótica e o presidente Edilson Tavares, que desempatou.
Os parlamentares da base do prefeito Saulo Milhomem (PRTB) que queriam a aprovação do Projeto de Lei são: Pedro da Farmácia, Adilson Araújo, Irmão Didan, Cirilo Douglas e Branquinho do Araras.
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