Federais reeleitos dizem que campanha cara prejudicou e falam sobre expectativas

Os federais reeleitos ouvidos pelo Portal T1 Notícias, Halum, Dorinha e Irajá concluíram que questão financeira foi prejudicial. Halum acredita que Parlamento vai lutar por reforma política.

Câmara dos Deputados em Brasília
Descrição: Câmara dos Deputados em Brasília Crédito: Da Web

aA deputada federal reeleita Professora Dorinha (DEM) avaliou sua campanha como positiva, embora não tenha alcançado sua expectativa de votos e, ainda, ter se sentido prejudicada em alguns municípios para os quais destinou recursos e o apoio político não foi recebido, devido negociações financeiras com outros candidatos. "A campanha foi cheia de desafios, pois a lógica ainda é muito complicada, não é só trabalho. Considerando as condições que eu tive, foi bem. A minha bandeira eu continuo mantendo, foi o meu forte. Mostrei o que fiz", disse.

 

Dorinha avaliou que recebeu votação de pessoas conscientes, reconhecedoras de seu trabalho e citou alguns dos principais recursos que conseguiu e garantiu continuar empenhada, a exemplo dos R$ 23 milhões para o Hospital Universitário e sua participação atuante no Plano Nacional da Educação.

 

"Eu continuo com a mesma bandeira e com a mesma perspectiva. A educação é principal, mas não é só ela", ponderou. Dorinha afirmou que vai dar continuidade aos projetos da Educação, destacando que é uma área estratégica no Brasil, sendo, também, uma deputada municipalista. "As maiores responsabilidades são dos municípios e eles passam por dificuldades", disse. Por fim, a deputada avaliou que da primeira vez foi eleita pelo seu trabalho como secretária e "agora já é uma avaliação do meu trabalho. É uma gratidão e aprendizado", afirmou.

 

Halum quer reforma política

O deputado federal reeleito César Halum (PRB), ao fazer uma avaliação de campanha, também afirmou ter se sentido prejudicado devido “o preço” das campanhas. “Foi uma campanha extremamente difícil, diferente de todas as outras que já vivi. Quanto mais a Justiça tenta impedir o abuso econômico, mais ele ocorre. O congresso precisa tomar uma atitude e mudar a politica do país”, disse.

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Ao afirmar que se sentiu prejudicado, o candidato disse que “cada um é dono do seu nariz e do seu dinheiro, mas o negócio é que ninguém sabe de onde vem”. O deputado ponderou que, infelizmente, hoje o que vale é o financeiro e não os projetos. Para ele, o que ajudou a conseguir ser eleito foi a confiança em seu trabalho. “Eu joguei com o meu conhecimento, com o serviço prestado (...). Eu liberei os líderes que queriam dinheiro para me apoiar e fiz contato com as famílias. Pessoas que nem eram envolvidas com política, passaram a pedir apoio para mim. Sou muito grato e vou trabalhar muito durante os próximos quatro anos, para pagar com muito serviço prestado ao povo do Tocantins”, disse.

 

A continuidade dos projetos, para Halum, é a expectativa para o próximo mandato. Além disso, o deputado afirmou que a Câmara deve forçar o Congresso a votar a reforma política. “Nós temos que forçar a aprovação da reforma política e eu acredito que esse será o sentimento do Parlamento, não só meu, mas no Brasil inteiro. O sistema está ultrapassado”.

 

Sobre os projetos em andamento, o deputado destacou quatro que ele quer voltar para dar continuidade com “toda a força”: o que trata da duplicação da Belém Brasília, trecho de Anápolis a Palmas, que o deputado quer lutar para levar até Aguiarnópolis; Projeto de Lei que extingue o desconto de INSS e Imposto de Renda do benefício aos trabalhadores, 13º Salário e abono de férias; Projeto que prorroga a carteira de estudante por um ano após a conclusão do ensino médio; dois projetos na área de defesa do consumidor, um que prevê o fim da data de vencimento do crédito no celular pré-pago e outro que proíbe a diferença de tarifa de celular a cartão pré-pago e pós-pago. Por fim, o deputado disse que vai trabalhar para que os serviços essenciais à população sejam feitos da melhor maneira possível.

 

aGovernistas encareceram campanha


O deputado federal reeleito com mais de 60 mil votos, Irajá Abreu, afirmou que os governistas “puxaram a campanha para cima”, o que deixou a situação mais difícil para os candidatos da oposição e ainda mais para os que não tinham mandato. Irajá Abreu disse que ficou satisfeito com a votação expressiva, que se comparada a eleição anterior dobrou, e que acredita ser resultado das emendas destinadas para cerca de 100 municípios no Tocantins, no valor de R$100 milhões.

 

“O fato de o Governo ter jogado muito pesado com a máquina pública (...) é muito ruim, pois a disputa fica muito injusta. (...) Me senti prejudicado, pois isso inflacionou a campanha”, ponderou o deputado ao dizer que o que lhe ajudou foi o trabalho prestado.

 

A expectativa do novo mandato para Irajá Abreu é de melhorias, especialmente com a renovação na Câmara Federal e o novo Governo no Tocantins. “Acredito que o Estado vai passar por um momento de estabilidade política”, disse ao rememorar que nos últimos anos o Estado teve quatro governadores. Para ele, o novo governador irá trazer estabilidade e mudança com o enxugamento da máquina com responsabilidade e a industrialização do Estado, para tirar o Tocantins da dependência do funcionalismo público.

 

Dentre os projetos que quer dar andamento, Irajá destacou três: o que trata do imposto único, com o objetivo de simplificar o recolhimento e pagamento dos impostos; Meritocracia na gestão pública, que visa a valorização do servidor e o projeto que trata da minirreforma política, com temas pontuais como a unificação do calendário eleitoral, que propõe a votação de vereador a presidente numa só eleição; Mandato único de 5 anos, ou seja, sem direito à reeleição e prazo de 30, ao invés de 60 dias, para campanha eleitoral.

 

O Portal T1 Notícias tentou contato com o deputado reeleito Lázaro Botelho, que está em viagem.

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