A Justiça Eleitoral cassou os diplomas do prefeito de Guaraí, Genésio Ferneda (PSD), e de seu vice, Bené da Voice (PPS), por captação ilícita de sufrágio e abuso de poder econômico. Segundo a condenação, ambos estão inelegíveis por oito anos subsequentes à eleição de 2012 e terão que pagar multa de R$ 10 mil.
O juiz concluiu que houve "abuso de poder econômico na conduta dos requeridos [prefeito e vice-prefeito] ao efetuar contratação de expressiva e desproporcional quantidade de pessoas, no mínimo 1.086, todas residentes em Guaraí e mediante apresentação de título eleitoral para fins de serviços eleitorais, o que resultou no desequilíbrio de oportunidades entre os candidatos, comprometendo a normalidade das eleições".
O juiz também reconheceu que houve "captação ilícita de sufrágio na conduta dos requeridos em promover a compra de votos dos eleitores Marcelo Nunes, Marcelo Fonseca da silva e Márcio Lopes Monteiro", citados nos autos e ainda o entendimento de "haver prova documental suficiente para atestar a conduta de promover propaganda eleitoral extemporânea".
A sentença de cassação de Ferneda e Bené da Voice, segundo os autos, deve convocar novas eleições ou determinar que os segundos colocados nas eleições anteriores assumam a gestão em Guaraí. Como os referidos nos autos não foram eleitos por maioria absoluta, a Justiça entendeu que Francisco Júlio Pereira Sobrinho e Carlos Alberto Gomes Bezerra, os segundo mais votados nas eleições de 2012 para prefeito e vice, assumam a gestão da cidade.
A decisão é do juiz da 6º Zona Eleitoral do Tocantins, Fabio Costa Gonzaga, e foi proferida nesta sexta-feira, 29. Confira a sentença de cassação do prefeito e vice em anexo.
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