Filho mais velho de Siqueira, Júnior segue sem filiação, mas quer participar em 2022

José Wilson Siqueira Campos Júnior confirmou ao T1 que pretende participar ativamente da vida política do Estado, mas ressaltou que ainda não definiu partido nem o cargo

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Cotado nos bastidores como provável candidato ao governo do Estado por uns, ou a deputado estadual por outros, o filho mais velho do governador Siqueira Campos, José Wilson Siqueira Campos Júnior, confirmou ao T1 que pretende participar ativamente da vida política do Estado, mas ainda não definiu partido, nem se coloca como pré-candidato a nenhum cargo.

 

“Fui convidado pelo Roberto Jefferson a me filiar, mas não vou definir partido agora. Acho que o Tocantins não pode ficar no meio dessa briga entre Bolsonaro e Lula. Se eu escolho um partido e o presidente se filia nele, por exemplo, muda todo o quadro. Acho que ainda somos um estado pequeno, periférico nessa disputa, então não podemos deixar isso (a polarização nacional) nos limitar”, diz ele.

 

Júnior, que já atuou como dublê durante dois anos, foi empresário em diversos ramos e ajudou o pai nos anos de luta pela criação do Estado, lembra que desenhava as divisas do Estado com lápis de cera, quando não existia computador e nem CorelDRAW. “Meu pai era chamado de Zé Tocantins. A gente foi muito humilhado porque meu pai não tinha outro assunto que não fosse o Tocantins quando este estado era um sonho, considerado coisa de visionário”, rememora.

 

Ele fala da relação com o irmão Eduardo Siqueira, que herdou o espólio político do pai. “Gosto muito do Eduardo. Ele seguiu esse caminho e foi muito bem-sucedido, se elegeu para vários mandatos, foi senador. Eu era o irmão mais velho, o que segurava as pontas, o que não estudou. Mas o primeiro carro do Eduardo, fui eu que dei. Eu tinha uma lanchonete que vendia 1.200 refeições por dia, dei para ele tocar”, conta.

 

Júnior Siqueira, como é conhecido, argumenta que agora decidiu pela participação política porque acredita que o Estado se desenvolveu pouco, já deveria estar industrializado, gerar emprego e renda. “Eu tenho filhos em estados diferentes do Brasil, rodo dois mil quilômetros todo mês para vê-los”, conta. Ao rodar pelas estradas do Estado, Júnior afirma que vê um Tocantins ainda de muita pobreza.

 

“Nossas meninas ficam grávidas jovens, sem perspectiva de vida. Antes elas viam a vida passar pela janela, nos rincões do Tocantins. Eu me lembro como era Colinas, como era Miracema. Vivi tudo isso do lado do meu pai. Já briguei com ele publicamente durante muito tempo, mas temos uma história. Eu não preciso mendigar o amor do meu pai, nos reconciliamos e isso não se apaga da cabeça de uma pessoa”, afirma.

 

Candidatura só com o aval do “comandante”

 

Junior Siqueira conta que já foi muito incentivado pelo pai a trilhar a carreira política, mas nunca quis. “Já falamos sobre isso em outros tempos. Mas, recentemente não tenho conseguido falar com meu pai. Acredito que isto vai se resolver. Candidatura é uma consequência da participação política. O que quero agora, é contribuir. Ser candidato é conversa mais para frente, e para isso quero o aval do comandante da família, que é ele”, conclui.

 

Os filhos de Siqueira do primeiro casamento, com Dona Aureny, não apareceram na Live em homenagem aos 93 anos do ex-governador. Destes, apenas o deputado estadual Eduardo Siqueira, que está afastado por problemas de saúde, gravou depoimento.

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