Em seu discurso na manhã desta quarta-feira, 19, o deputado estadual Freire Junior (PV) cobrou que a Assembleia Legislativa (AL) crie as condições necessárias para desvendar e tornar público o escândalo do Igeprev "que representa a falência e a imoralidade do desgoverno Siqueira Eduardo Campos", se referindo a utilização da CPI do Igeprev como instrumento disponível para os parlamentares. Ele fez duras críticas ao governo do Tocantins na tribuna da AL e lembrou-se da promessa que fez de desmascarar "o desgoverno que castiga o tocantinense desde 2011".
Freire Junior disse que o Estado vive tempos difíceis porque ao invés de dois governadores, "o de direito Siqueira Campos e o de fato Eduardo, seu filho querido e amado, o Tocantins tem um terceiro mandatário, o nosso presidente Sandoval Cardoso", que assumiu interinamente o governo no último sábado, 15.
Segundo o deputado, um dos mais graves escândalos que "pipocam no desgoverno" de Siqueira Campos é do caso do Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins (Igeprev), "que foi garfado, assaltado, em milhões e milhões de reais", argumentou ao pronunciar que ninguém sabe ao certo quanto dinheiro se foi e que especialistas já estimam prejuízo próximo a um bilhão de reais.
Ainda na tribuna o deputado afirmou que os "fiéis do desgoverno de Siqueira Campos tentam defender o que é indefensável, dizendo que isso é coisa da oposição, mas a resposta é simples: quem descobriu a falcatrua não fomos nós, foi a Polícia Federal". Freire Júnior ainda apontou que também não foram eles que tiveram que substituir o presidente do Igeprev por três vezes, "numa clara e indisfarçável prova de que ali, nos intramuros do Igeprev, a podridão não represava mais o mau cheiro".
O deputado declarou que "o escândalo nacionalizou-se, federalizou-se, tornou-se uma ferida aberta, um câncer incurável, uma chaga que não se fecha e envergonha todo tocantinense de bem".
Por fim, o deputado afirmou que o que sabe ao certo é que o presidente do Conselho de Administração do Igeprev à época dos fatos, "era o então secretário Eduardo Siqueira Campos. O homem que ontem e até hoje dita e ordena as políticas administrativa e financeira do Estado".
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