Gaguim culpa governo pelo baixo desempenho no Enem

A Seduc contestou os números e afirmou que Estado saiu do último para o 21º lugar no ranking. No Tocantins, a melhor nota ficou com Colégio Olimpo (privado), de Palmas, e a pior média com o Colégio Ru

Gaguim diz que culpa é do governo
Descrição: Gaguim diz que culpa é do governo Crédito: Lourenço Bonifácio

O ex-governador Carlos Gaguim (PMDB) afirmou ao Portal T1 Notícias que o baixo desempenho dos alunos da rede pública do Estado no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) é culpa do Governo do Estado. “Na minha administração em um ano e meio de governo nós ganhamos mais de 30 pontos na média nacional e eles (o atual governo) perderam 47 pontos”, afirmou o ex-governador.

 

Para Gaguim, os números do Ministério da Educação demonstram equívocos da atual gestão, como a falta de valorização dos professores. “Fico triste com esta realidade porque isto poderá, inclusive, afastar a atração de futuros investidores para o Estado”, afirmou.

 

A culpa

O ex-governador ainda saiu em defesa dos professores e apontou falta de investimentos. “A culpa não é dos professores, é da falta de investimentos” afirmou, lembrando que em sua administração os professores tiveram Plano de Cargos e Salários aprovados, além de outros incentivos que motivaram a categoria. “Em 2010 foi o ano de melhor desempenho do Estado no Enem”, informou.

 

Falha

Ainda de acordo com o ex-governador, a atual administração tem falhado em três setores fundamentais para desenvolvimento do Estado: Educação, Saúde e Segurança Pública. “Na Saúde o próprio Governo admite o caos. Na Segurança Pública, precisam ser contratados mais de 3,5 mil soldados e o governo abre concurso para 300 e na Educação os números estão aí mostrando a situação. Isto é lamentável”, argumentou, lembrando que Educação, Saúde e Segurança Pública são os três principais quesitos que os investidores avaliam antes de decidir se instalar no Estado.

 

Seduc contesta os números

A Seduc contestou as avaliações segundo as quais os estudantes das escolas públicas do Estado tiveram baixo desempenho no Enem. De acordo com a Seduc, menos de 30% dos alunos da rede estadual aptos a realizarem as provas tiveram as notas consideradas.

 

A Secretaria justificou também que desta vez o MEC divulgou as notas das escolas com no mínimo dez alunos no último ano do ensino médio e onde pelo menos 50% deles realizaram as provas.

 

De acordo com o Superintendente da Informação e Tecnologia na Educação da Seduc, Joneidson Marinho Lustosa, “Não se chega ao resultado de um Estado a partir de uma média aritmética simples. É necessário levar em consideração a proporcionalidade do número de alunos que fizeram a prova, por escola. Por exemplo, uma escola de 10 alunos com nota 500 e outra com 20 alunos com nota 400, não implica que a média das duas será 450, ou seja, é preciso aplicar a média aritmética ponderada”, explicou Lustosa. 

 

No Tocantins, a melhor nota ficou com Colégio Olimpo (privado), de Palmas, com 617,4 e a pior média com o Colégio Rui Barbosa (público), de Abreulândia.

 

A Seduc informou ainda que “é importante ressaltar que a avaliação oficial considerada pelo INEP, que avalia a qualidade do ensino no país, é a Prova Brasil, que resulta no Índice de Educação Básica – o IDEB - o qual reúne indicadores de proficiência em Língua Portuguesa e Matemática e o fluxo escolar. Neste caso, o Tocantins ocupa o 6º lugar no país e o 1º lugar na Região Norte e Nordeste”. 

 

A Secretaria informou também que mesmo com esses critérios passíveis de questionamentos, devido às mudanças feitas pelo MEC, ainda assim, o Tocantins deixou a 27ª e última posição no Enem, para ocupar o 21º lugar na avaliação dentre os estados brasileiros.

 

Ministro recomenda cautela

A repercussão da divulgação das notas do Enem levou o ministro da Educação, Aloízio Mercadante a convocar uma coletiva com a imprensa na manhã desta sexta-feira para pedir cautela na interpretação dos resultados.

 

De acordo com o ministro “o Enem não é um ranking de avaliação entre escolas. É uma avaliação dos alunos, insuficiente como instrumento de avaliação do estabelecimento escolar. Mesmo porque temos escolas cuja natureza é muito distinta. As escolas que selecionam os estudantes em geral têm um desempenho melhor do que as escolas que são porta aberta e acolhem todos os estudantes da sua região”, afirmou o ministro.

 

Com informações da Ascom/Seduc

 

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