Os deputados estaduais de oposição repercutiram na manhã desta quarta-feira, 18, a nomeação na última segunda-feira, 16, do novo presidente do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado (Igeprev), o executivo Francisco Flávio Sales Barbosa. Todos que discursaram sobre o assunto questionaram os quesitos que levaram o Executivo a trocar a chefia do órgão pela terceira vez somente este ano.
O deputado estadual José Roberto (PT) em discurso afirmou que o Governo “deveria ter no mínimo um bom senso com os servidores do Estado para discutir sobre o Igeprev”. “Ele não conversa, mas envereda pelo caminho da escuridão, do mal feito, nomeia um presidente que ninguém sabe de onde é, assim como os outros. A imprensa já divulgou um pouco desse presidente nomeado. Essa é uma sinalização clara de que o Executivo quer continuar fazendo as coisas mal feitas e continuar dando prejuízos para o Estado”, completou.
A recomendação do Ministério Público Estadual do Estado (MPE-TO) de que o dinheiro do Igeprev deve ser investido apenas em bancos de primeira linha embasou o discurso do deputado estadual José Bonifácio (PR) no Plenário.
“Essa recomendação do MPE não existe aqui na mente dos deputados da AL. Ninguém liga e ninguém dá valor à emenda da Casa que obriga que o dinheiro do Igeprev só seja investido em bancos de primeira linha. Essa emenda está tramitando nas comissões e não anda, não sai. Os deputados aqui só fazem média com o servidor e com o Governo, sendo que nós temos a solução nas nossas mãos”, afirmou.
Eli Borges (Pros) ressaltou que toda essa questão que envolve o Igeprev não é brincadeira e pediu seriedade na discussão sobre o assunto. “Não podemos permitir isso, temos que nos posicionar. Não quero fazer parte da história de um parlamento que deixou passar um rombo de tamanha envergadura sem fazer nada”, alegou.
CPI do Igeprev, agora não
O deputado estadual Eduardo do Dertins (PPS) comparou os comentários dos seus colegas com o estouro de uma boiada e declarou que a CPI da Saneatins, proposta por ele, está na frente da CPI do Igeprev e que, portanto deve ser instaurada primeiro.
“É um estouro de uma boiada aonde todos vão pro lado sem saber o que tem na frente, atropelando tudo e todos. Dias atrás discutíamos coisas de milhões, como a venda da companhia de saneamento por parte do Estado. Eu propus a CPI da Saneatins, para corrigir um assunto para verificar o que está errado. Eu propus e minha CPI deve ser instaurada primeiro”, disse.
Oposição diz que é estratégia
Em resposta, o deputado estadual Marcelo Lelis (PV) criticou o discurso de “um colega”, que seria o do deputado Eduardo do Dertins. “Ficou claro a estratégia para interferir na instauração da CPI do Igeprev, com a fala de um dos colegas aqui da Casa. Mas sabemos distinguir com clareza as coisas aqui da Casa”, disse.
O deputado Sargento Aragão foi outro que criticou as declarações de Eduardo do Dertins. “Que ele leia o regimento interno para entender o porquê da instauração da CPI do Igeprev primeiro. O mínimo para ser apresentado são oito assinaturas. Apresentamos em regime de urgência a CPI (do Igeprev) com 14”, afirmou.
Comentários (0)