O senador Irajá, presidente da Frente Parlamentar de Relacionamento com o Brics no Senado Federal, integra a missão institucional que acompanha, neste mês de outubro, os estudos de uma vacina contra o câncer desenvolvida com tecnologia de RNA mensageiro na Rússia.
A iniciativa é coordenada pela senadora Dra. Eudócia, presidente da Subcomissão de Câncer da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), e tem como objetivo avaliar o potencial terapêutico da nova tecnologia e abrir caminhos de cooperação científica entre centros de pesquisa russos e instituições brasileiras de referência, como a Fiocruz e o Instituto Butantã, com vistas à futura produção nacional do imunizante.
O convite à participação do senador Irajá se deu em razão de seu papel à frente da Frente Parlamentar do Brics, que atua para aproximar o Brasil de países membros do bloco — Rússia, Índia, China, África do Sul e nações associadas — em temas estratégicos como saúde, ciência, tecnologia, energia e desenvolvimento sustentável.
A vacina em estudo utiliza plataforma de RNA mensageiro, a mesma empregada em imunizantes contra a Covid-19, mas de forma personalizada para cada paciente, ensinando o sistema imunológico a identificar proteínas específicas dos tumores e acionar células de defesa capazes de destruir células cancerígenas. O método é considerado uma das mais promissoras inovações da medicina moderna, com resultados positivos em casos iniciais e avançados da doença.
Segundo o senador Irajá, a missão reforça o compromisso do Parlamento brasileiro com o avanço da ciência e a busca de soluções que melhorem a qualidade de vida da população.
“É um assunto de extrema relevância. A Rússia está trazendo ao mundo uma nova tecnologia que pode representar a esperança para milhões de pessoas. Nossa expectativa é construir uma cooperação técnica e tecnológica que permita ao Brasil dominar e reproduzir essa inovação, tornando-a acessível à população”, afirmou o parlamentar.
Além do senador Irajá e da senadora Dra. Eudócia, a missão conta com a participação do Ministério da Saúde, Fiocruz e Instituto Butantã, que acompanham o processo de intercâmbio científico e tecnológico entre os dois países.
Para o senador Irajá, o avanço de tecnologias inovadoras na área da saúde reforça a importância de o Brasil investir em pesquisa, inovação e parcerias internacionais.
“Estamos falando de inovação que salva vidas. O Instituto Nacional do Câncer estimou mais de 700.000 novos casos por ano de câncer no Brasil para o triênio 2023-2025. Somente no Tocantins, o INCA prevê uma taxa de 12.000 novos casos/ ano para cada 100 mil habitantes do nosso estado. Nosso compromisso é garantir que descobertas, como essa da vacina, possam chegar aos nossos hospitais por meio da ciência, da produção nacional e de políticas públicas que ampliem o acesso a um tratamento eficaz”, concluiu.
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