Irajá nega ser investigado na Lavajato: Eduardo, Siqueira e Lélis desconhecem teor

Políticos se manifestam sobre determinação de abertura de inquérito do ministro Fachin. Irajá diz que confia na justiça e se coloca à disposição para todos os esclarecimentos, negando irregularidades

Citados em documento anexo à relação de investigados da Operação Lavajato, distribuídos à Justiça Federal nos Estados, o ex-governador Siqueira Campos, o deputado estadual e ex-secretário de Relações Instituicionais Deputado Eduardo Siqueira Campos, o ex-governador Sandoval Lobo Cardoso, o ex-deputado estadual Marcelo Lélis, responderão à investigação por supostos atos ilícitos em primeira instância, conforme despacho do ministro Edson Fachin. Além deles, o deputado federal Irajá Silvestre Filho, cujo nome político é Irajá Abreu(PSD) teve processo devolvido à PGR para maiores informações.

Ao ter seu nome citado, Irajá Abreu negou estar com pedido de investigação pela Operação Lavajato e disse confiar na justiça. O pedido de inquérito do deputado foi devolvido à Procuradoria-Geral da República (PGR) para nova análise. 

 

Em nota, o deputado afirmou: “Venho esclarecer a respeito da matéria jornalística publicada na imprensa que o meu nome não foi apresentado na ‘lista’ do Ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a abertura de inquérito de 9 ministros, 29 senadores e 42 deputados Federais. Pelo contrário, este mesmo Ministro devolveu o meu processo à Procuradoria-Geral da República (PGR). Reitero, que todas as doações feitas para as minhas campanhas eleitorais foram realizadas dentro da lei, devidamente declaradas e aprovadas pelo TRE/TO. Confio plenamente na Justiça, portanto, não temo qualquer investigação e me coloco à disposição para todos os esclarecimentos necessários. Continuarei trabalhando pelo Estado do Tocantins no Congresso Nacional, sempre cumprindo com responsabilidade o desafio a mim confiado por milhares de Tocantinenses, seguindo o princípio da legalidade que é formador do meu caráter como homem, cidadão e parlamentar”.

Marcelo Lélis nega ter recebido recursos da Odebrecht

O ex-deputado estadual Marcelo Lelis (PV), também citado na lista, afirmou por meio de nota ao T1 que está surpreso com a citação e aguarda acesso ao teor das acusações para se pronunciar melhor. “Surpreso com a citação do meu nome como beneficiário de doação da empresa Odebrecht esclareço e asseguro que não recebi nenhum tipo de recurso da referida empresa, assim como não autorizei que ninguém o fizesse em meu nome. Aguardo acesso ao teor das acusações a fim de esclarecer o assunto”, disse.

Falando por si e por Siqueira, Eduardo nega conhecimento de acusações

Também com os nomes na lista de Fachin, o ex-governador José Wilson Siqueira Campos e o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) responderam através de nota que ainda não tiveram acesso aos depoimentos que trazem qualquer citação de seus nomes.

Veja nota na íntegra:

Nota

O deputado Eduardo Siqueira Campos e o ex-governador Siqueira Campos não tiveram acesso aos depoimentos que trazem qualquer citação de seus nomes na lista divulgada pelo ministro Luís Edson Fachin. O que se sabe até o momento é que o teor dos depoimentos coletados serão remetidos ao foro competente para verificação, arquivamento ou processo que permita o contraditório e a ampla defesa. Sem processo aberto, nem conhecimento de acusação formal que possa ser rebatida, não cabe qualquer declaração, mas apenas reafirmar, que tanto o deputado Eduardo Siqueira Campos, quanto o ex-governador Siqueira Campos, sempre pautaram suas vidas obedecendo os preceitos legais, com ética, transparência e respeito ao povo Tocantinense .

Élcio Mendes

 

Coimbra diz estar tranquilo e que prestará esclarecimentos

 

O ex-deputado federal e atual secretário Nacional de Políticas do Turismo, Júnior Coimbra figura na mesma petição do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e deverá responder junto ao TRF1. Coimbra disse que desconhece teor de delação e garantiu que está tranquilo, conforme nota:

 

Nota

“O secretário de Governo Junior Coimbra, sem partido, informa que desconhece o teor da delação e garante estar tranquilo quanto à acusação feita contra ele. O secretário informa ainda, que quando for acionado pela justiça estará à disposição para prestar esclarecimentos. Coimbra ressalta que segue tranquililamente no exercício do seu trabalho”.


Assessoria de Imprensa

Em contato por telefone, a assessoria do prefeito Moisés Avelino informou que ele não se manifestará através de nota, por não haver nenhum envolvimento com seu nome, que não aparece na lista do ministro.O processo que Avelino responde diz respeito ao uso da cota de passagens aéreas de seu gabinete por ocasião do seu mandato como deputado federal.

(Matéria alterada com correção das informações em 12/04/2017, às 17h32)

 

Veja lista completa aqui.

 

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