O deputado federal Junior Coimbra (PMDB) acusou o grupo dos Autênticos, liderados pelo ex-governador Marcelo Miranda, de tentar impedir a convênção do partido realizada nesta terça-feira, 29.
Segundo o deputado, que justificou apoiar o processo de eleição indireta por acreditar que não se pode deixar o Governo ir sozinho para a eleição, o grupo teria tentado desarticular o evento.“Se eles tivessem não só participado e não tentado desarticular, impedir que as pessoas viessem participar do processo democrático teria sido melhor, mas infelizmente eles fizeram um trabalho forte nesse sentido”, disse Coimbra.
O deputado defendeu que “o PMDB está nesse processo para participar como oposição ao Governo do Estado. Vamos trabalhar de todas as formas para conseguirmos mais votos para levarmos a eleição para o segundo turno”. O deputado entende que houve entendimento entre os três pré-candidatos do partido para que Pugliese composse a chapa única. Para ele, o fato de Luciano Coelho ter deixado a pré-candidatura foi também um entendimento.
Volta à presidência
Sobre a tentativa de voltar à presidência do partido, de onde está licenciado segundo acordo selado com os Autênticos, o deputado federal Junior Coimbra negou as informações e disse que foram apenas especulações, “em momento nenhum eu estive com a Executiva Nacional ou qualquer outro membro do partido especulando o meu retorno”. Disse ainda que não manifestou interesse nenhum em reassumir a presidência do PMDB.
Eleições em outubro
Coimbra falou que continua firme na intensão de disputar as eleições de outubro. O deputado disse que tem recebido muito apoio pelas cidades por onde tem andado no Tocantins. “Especificamente na base eleitoral a intensão maior é que o PMDB chegue unido na convenção”. O deputado afirmou que com as viagens percebeu que o Estado passa por uma “crise muito grande de ordem administrativa. O governo que comandou o Estado até aqui não fez o dever de casa e não fez a manutenção daquilo que já tinha pronto”, disse.
Relação com Kátia
Ao falar da relação com a senadora Kátia Abreu, o deputado disse que “ela não veio para cá por meu intermédio, mas o dia que ela veio, para mim eu não faço política de raiva. Deixo tudo para trás”.
Para ele o problema é que até agora ela não procurou a base partidária. “Não nos procurou para conversar e ultimamente ela tem dado depoimentos fortemente contrários a minha pessoa e diz que não tem interesse nem no meu apoio, nem na minha amizade”. Coimbra afirma que a situação é ruim para o processo democrático eleitoral. “Eu não tenho nenhum problema nem com ela, nem com ninguém. Estou aberto para conversar com todos. Acho que política não se faz com mágoa, ódio. É uma atividade que você tem que esta relevando em alguns momentos. Eu tenho procurado ser esse político, da paz e que procura sempre a concórdia”, defendeu.
Avaliação de Quintanilha
Para Coimbra o atual presidente do partido, Leomar Quintanilha, está se saindo bem a frente do partido. “Não está tendo problemas, temos as divergências que são normais, mas ele está indo bem”.
No entanto, o deputado disse que não tem conhecimento das ações do presidente porque ele ainda não convocou a executiva do partido. “Estou esperando que ele convoque a executiva do partido porque para homologar o que está sendo feito, tem que passar pela Executiva. Nós estamos aguardando isso para discutir as ações do Quintanilha”.
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