A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) se manifestou nesta terça, dia 3, contra requerimento do senador Gim (PTB-DF) que prevê o cancelamento da realização de audiência pública que a parlamentar havia solicitado para discutir os investimentos realizados pelo Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev).
Kátia Abreu afirma que os desdobramentos da Operação Miquéias, da Polícia Federal, apresentou fartas provas de que uma organização criminosa aliciava prefeitos e gestores de Regimes Próprios da Previdência Social. Segundo apontou a senadora em seu requerimento, as provas colhidas pela Policia Federal demonstram a existência de uma parceria firmada entre os responsáveis pela direção do Igeprev e os chefes da organização criminosa desbaratada pela Policia Federal. Cita a Senadora, ainda, que, com um fundo de caixa de R$ 2,5 bilhões, a administração do Igeprev aplicou R$ 500 milhões em fundos que não são administrados por bancos de primeira linha. Deflagrada em 19 de setembro, a Operação Miqueias desarticulou duas organizações criminosas com atuações distintas: uma de lavagem de dinheiro e outra de má gestão de recursos de entidades previdenciárias públicas.
O requerimento do senador Gim foi lido na reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) desta terça-feira. Com o objetivo de decidir rapidamente uma definição sobre o futuro da audiência, a senadora pediu a votação imediata do pedido de Gim, mas o presidente da comissão, Lindbergh Farias (PT-RJ), citou norma do colegiado que prevê a leitura em uma reunião e a votação na seguinte.
Kátia Abreu, por sua vez, disse que vai ouvir, mesmo que informalmente, autoridades do Ministério da Previdência Social, da Polícia Federal e da Comissão de Valores Mobiliários, bem como o secretário de Relações Institucionais do governo do Tocantins e presidente do Conselho de Administração do Igeprev, Eduardo Siqueira Campos.
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