A senadora Kátia Abreu informou na tarde desta quarta, 27, que deverá ser votado na próxima terça, dia 3, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o requerimento do senador Gim Argello (DF), líder do PTB e do senador Vicentinho Alves (PR/TO) que pede o cancelamento da audiência que debateria no dia 4 de dezembro as aplicações irregulares do Igeprev. O requerimento para a audiência, de autoria da senadora Kátia Abreu, já tinha sido aprovado na CAE.
Segundo a Senadora, a audiência deverá ser marcada novamente para o dia 10 de dezembro, em função de choque de agenda dos participantes, adiantando que o requerimento será avaliado, mas o pedido não tem embasamento dentro do Regimento do Senado. Segundo ela, as auditorias do Ministério da Previdência Social, o inquérito na Polícia Federal e o processo no STF e no TRF é o maior indicador de que o problema não é regional, diz respeito a instâncias federais e a uma legislação também federal de competência do Congresso.
A senadora Kátia Abreu salientou que o grande objetivo de levar a questão para o Congresso é chamar a atenção para o problema para, a partir das investigações das irregularidades no fundo de previdência dos servidores do Tocantins, que pode alcançar a R$ 500 milhões, conforme o Ministério da Previdência Social, senadores e deputados federais possam ser mobilizados para a criação de uma lei que não permita mais casos iguais com fundos de aposentadorias. “As aposentadorias são intocáveis”, salientou a Senadora.
“O candidato do governo, secretário Eduardo Siqueira, foi quem solicitou ao líder do seu partido, o PTB, senador Gin Argelo, para cancelar a audiência” disse a Senadora. “Ele não quer que o Brasil tome conhecimento do rombo de meio bilhão de reais praticado no instituto de previdência dos aposentados do Tocantins, está tentando postergar o óbvio”, acrescentou Kátia Abreu. “Precisamos fazer uma lei para prevenir e punir atos irresponsáveis com o dinheiro dos aposentados, como esse desvio do Igeprev, que o candidato do governo quer esconder, que é cinco vezes maior que os desvios condenados pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Penal 470”, disse Kátia Abreu.
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