O acordo que estava praticamente selado entre os seis deputados federais - Dulce Miranda, Vicente Jr., Lázaro Botelho, Josi Nunes, César Hallum e Professora Dorinha - e os senadores Vicentinho Alves e Ataídes Oliveira, caiu por terra e pode não ser selado se a bancada insistir em destinar os recursos para aquisição de equipamentos (máquinas) através de convênio via governo do Estado.
“O que o governo está fazendo é uma irresponsabilidade. No ano passado nós destinamos as duas emendas de bancada ao Estado, sem nenhum questionamento, emenda para a segurança pública e emenda para a Saúde", argumentou a senadora Kátia Abreu, alegando que via senador Vicentinho Alves e seus aliados na Câmara Federal, o governo do Estado tenta pressionar para que a emenda seja operacionalizada pelo caixa do Estado.
" Ano que vem é um ano eleitoral e o governo não terá as condições de implementar isso a tempo. Por outro lado os prefeitos não podem ficar reféns de interesses eleitorais. Eles querem e devem estar livres para apoiar quem desejarem. Os recursos, portanto devem ser entregues diretamente aos municípios através da Caixa, via Sudam, dentro do Ministério da Integração Nacional”, argumenta a senadora Kátia Abreu, que ameaçou fazer um voto divergente, em separado, caso a emenda de Infra Estrutura não fosse dividida para as cinco maiores cidades do Estado ao invés de apenas Araguaína e Gurupi.
Numa forte articulação do prefeito Ronaldo Dimas (PR), com o líder da bancada, Senador Vicentinho Alves (PR), Araguaína pleiteava ficar com os R$ 64 milhões da emenda de Infraestrutura. Ao ser informado do que se passava em Brasília, o prefeito de Gurupi foi para a capital federal e pressionou para incluir Gurupi na partilha dos recursos. Nesta quinta-feira, quem exerceu pressão sobre os deputados foi o prefeito de Porto Nacional, Kim Maia.
Observando de longe, o prefeito Carlos Amastha evitou comentar o assunto ontem, quando procurado pelo T1 Notícias para responder se não faria gestões par que Palmas não fosse excluída. Já nesta quinta-feira, 19, comemorou o fato do assunto ser revisto. “Fico feliz que o bom senso tenha vindo através da intervenção da senadora Kátia Abreu”, disse ele por telefone no começo da noite.
Emenda das máquinas
Se a emenda de infraestrutura gerava dúvidas nos bastidores sobre a forma como seria implementada para mais de uma cidade, em se tratando de obras diferentes, a emenda relativa a maquinarão para 134 municípios polemiza por que os prefeitos querem operar diretamente os recursos, sem depender do governo do Estado para sua liberação.
A discussão sobre esse tema gerou alteração de ânimos entre os senadores. Primeiro de Kátia Abreu com Vicentinho. A senadora o teria acusado de ser líder “de governo” e não de bancada, por deixar de atender os interesses dos parlamentares para argumentar os interesses do governo do Estado na liberação das emendas.
Já com o senador Ataídes, Vicentinho Alves teria dito ao senador que não seria possível a liberação dos recursos pelo Ministério da Integração direto aos municípios, sem passar pela tutela do governo do Estado. Ataídes, reunido com prefeitos de sua base,falou diretamente com o Ministro da Integração Nacional por telefone no viva voz e obteve dele a garantia de que os recursos poderão ser operacionalizados via CAIXA. Na sequência o senador teria retornado ao líder da bancada, categórico: “Meu caro senador Vicentinho, eu não sou moleque para ser enganado”.
Vicentinho prefere não falar
Procurado pelo T1 Notícias, o senador Vicentinho Alves preferiu não se pronunciar até as seis horas da tarde desta sexta-feira, 20, quando termina o prazo para entrega da Ata de reunião da bancada. Segundo sua assessorioa falta uma assinatura para que as emendas de bancada possam ser encaminhadas. Esta assinatura, é justamente do senador Ataídes Oliveira que recuou por discordar que os recursos para maquinários sejam entregues via governo do Estado.
O T1 Noticias tentou ainda ouvir a posição do governo do Estado sobre o assunto, sem obter sucesso.
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