Lázaro Botelho pede afastamento da CPI da Petrobras após reunião do partido

Citado na lista da Procuradoria da República e com inquérito instaurado pelo STF, o deputado federal Lázaro Botelho pediu afastamento da CPI da Petrobrás e do Conselho de Ética da Câmara do Deputados

Deputado pede afastamento da CPI
Descrição: Deputado pede afastamento da CPI Crédito: Bonifácio/T1Notícias

Após a reunião do PP em Brasília na tarde desta terça-feira, 10, o deputado federal Lázaro Botelho, que tem seu nome citado nas investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu afastamento da Comissão de Ética da Câmara  Federal e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.

 

Robson Ferreira, chefe de gabinete de Lázaro Botelho, afirmou ao T1 Notícias que a decisão do afastamento partiu do próprio deputado. "Ele teria o apoio dos principais partidos para continuar tanto na CPI quanto na Comissão de Ética. O que mudou o pensamento inicial do deputado foi que ele observou que a presença dele na CPI seria um elemento de atraso nos trabalhos da Comissão, porque a oposição sempre ficaria levantando essa discussão se era correta ou não a participação dele na CPI invés de se concentrar no objetivo da CPI, que é investigar o esquema de corrupção da Petrobras”, explicou Ferreira.

 

O chefe de gabinete também disse que foi firmado o compromisso do deputado tocantinense voltar a integrar a Comissão de Ética e a CPI assim que não houver mais questionamentos sobre seu nome. "Ficou definido que assim que o nome dele for retirado da lista de possíveis suspeitos, ele reassume. O partido solicitou esse compromisso", disse.

 

Além do deputado tocantinense, outro do PP que é citado na lista da Lava Jato e que integrava como suplente a CPI era o deputado federal Sandes Júnior, de Goiás, que também comunicou seu afastamento da Comissão e disse que a decisão é para evitar desgaste e foi tomada na reunião do partido.

 

Conforme informado pela assessoria do deputado, a cúpula do PP iniciou uma rodada de reuniões com o auxílio de advogados e deve continuar os encontros para delinear quais os passos que vão ser dados pelo partido no que diz respeito às investigações.

 

Robson Ferreira também disse que ainda ontem o PP começou a tratar dos nomes que vão substituir os dois deputados que se afastaram, um titular e um suplente.

 

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Políticos começam a ser investigados

O ministro Teori Zavaski, do STF, autorizou na noite da última sexta-feira, 6, a abertura de inquérito para investigação de pessoas citadas na Operação Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção da Petrobras, e a quebra do sigilo dos investigados. Na lista enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, constam 49 nomes, sendo que 47 são de políticos, suspeitos de participação do esquema.

 

Como a própria peça de Zavaski deixa claro, o momento é de apuração. Os nomes citados estão sob investigação para que se prove ou não a participação efetiva no esquema. Na ocasião em que a lista foi divulgada, o deputado Lázaro se manifestou por meio de sua assessoria dizendo que “confia na justiça brasileira e tem certeza de que será provado de que ele não tem nenhum envolvimento com o fato”. 

 

Ao todo, vão ser investigados 22 deputados federais, 12 senadores, 12 ex- deputados e uma ex-senadora, que pertencem a cinco partidos, sendo que o PP é o mais citado, com 32 parlamentares envolvidos.

 


(Atualizada às 10h15 com novas informações)

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