Mandetta recomenda controle de gastos e planejamento no combate à Covid-19 no TO

Na tarde desta segunda-feira, 20, o ex-ministro da Saúde participou de um debate com a Comissão Especial da Bancada Federal sobre o combate à Covid-19 no Tocantins.

Crédito: T1 Notícias

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi o convidado de honra da live realizada pela Comissão Especial Temporária da Bancada Federal do Tocantins, ocorrida nesta segunda-feira, 20. Foi a 6ª reunião da Comissão e foram discutidos assuntos à respeito da Covid-19, as aplicações de recursos e ações empreendidas para conter a doença no Estado. 

 

No início da reunião, a líder da bancada do Tocantins, senadora Kátia Abreu, destacou que a bancada já aprovou, até agora, R$ 850 milhões para o Governo do Estado. "Isso contando, inclusive, com os recursos que foram suspensos pelas dívidas. Se tirar esse pedaço, nós temos R$732 milhões à disposição", relatou, complementando ainda que nessa semana conseguiu liberar mais R$50 milhões de emendas extras para os 139 municípios custearem as ações no enfrentamento da doença.

 

Na oportunidade, Mandetta fez um relato histórico de como o novo coronavírus se espalhou pelo mundo e, depois, algumas considerações sobre as ações no Tocantins. “Se tiver gestão dos leitos atuais para que a ampliação seja feita com inteligência, não imagino muitas necessidades, a não ser alguns pontos específicos”, disse o ex-ministro, observando que o Tocantins, pelo que ele diz conhecer da rede hospitalar, tem uma boa mão de obra. 

 

O ex-ministro ressaltou que os recursos que o Tocantins recebeu para enfrentamento da doença são muito bons e apropriados. "Vocês habilitaram todos os leitos que pediram,ou seja, o pagamento é rigorosamente em dia, e toda a produção dos hospitais que era por produção, mandamos pagar pela média", explicou sobre os procedimentos realizados ainda quando estava à frente do Ministério da Saúde.

 

Lembrou ainda que "essa doença pode fazer colapso na rede de saúde, mesmo com dinheiro no banco", aconselhando que é preciso ter disciplina, foco e planejamento das ações para controlar a disseminação do vírus.

 

O presidente do Tribunal de Contas do Tocantins (TCE/TO), conselheiro Severiano Costandrade, durante a sua fala, informou que os órgãos de fiscalização estão unidos acompanhando de perto a aplicação dos recursos. Disse, ainda, que no mês de agosto serão realizadas ações específicas com relação às fiscalizações. 

 

Também participaram do debate representantes de outros órgãos do Estado e os superintendentes dos bancos do Brasil, da Amazônia e da Caixa Econômica Federal, que falaram sobre os recursos liberados para a população, a exemplo do Auxílio Emergencial e do Pronampe. 

 

Profissionais da Saúde

 

O debate também contou com a participação das presidentes do Conselho de Enfermagem e do Sindicato dos Médicos, que fizeram seus relatos sobre a doença no Tocantins. 

 

A presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-TO), Emília Maria Miranda, relatou que hoje o maior desafio no Tocantins está relacionado a testagem, citando o exemplo dos profissionais da Saúde, que estão na linha de frente. “A gente necessita que tenha treinamento, que os profissionais sejam testados e, principalmente, que os profissionais sejam notificados e afastados”, observou.

 

No mesmo sentido, a presidente do Sindicato dos Médicos no Tocantins (SIMED-TO), Janice Painkow, expôs a situação de fragilidade que esses profissionais da saúde estão expostos no enfrentamento da Covid-19. O Tocantins tem 700 servidores da saúde, entre os mais de 1.100 profissionais,  infectados pelo novo coronavírus e, para a presidente, esse é um número muito alto.  Janice também abordou sobre a falha no protocolo de atendimento à população da Capital.

 

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