Dezesseis movimentos sociais, entre eles os Sem Teto e Sem Terra, protestaram na Assembleia Legislativa do Tocantins na manhã desta terça-feira, 30, o que deixou o clima no parlamento estadual tenso. Os manifestantes subiram para a galeria destinada aos visitantes. O esquema de segurança na área do plenário e das galerias onde estavam os manifestantes foi reforçado.
Os manifestantes protestaram por uma reforma pediam o cancelamento do auxílio moradia aos deputados estaduais, ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), ao Tribunal de Justiça (TJ) e a não aprovação do auxílio ao Ministério Público Estadual (MPE). Eles pediam ainda a renúncia do presidente do TCE, conselheiro Wagner Praxedes, a aprovação de auxílio moradia aos sem tetos e sem terras e a aprovação de requerimento em regime de urgência da construção de 70 mil casas que, conforme eles, foram prometidas pelo governador Siqueira Campos (PSDB) em suas promessas de campanha no ano de 2010. Solicitam também a doação de terrenos para os movimentos sociais destinados à construção de unidades habitacionais. Além disso exisgem um posicionamento formal Assembleia Legislativa contra a Proposta de Emenda Constitucional 215, que transfere para o Congresso Nacional a demarcação e homologação de terras indígenas, quilombolas e de áreas de conservação ambiental, que conforme a Constituição Federal, são atribuições do Poder Executivo.
As portas que davam para os elevadores foram fechadas e somente pessoas autorizadas por funcionários podiam entrar no resto da Casa de Leis. Policiais militares tentaram coibir o acesso do suplente de deputado, Bismarque do Movimento (PT), com representantes dos movimentos sociais à área comum dos elevadores e gabinetes dos deputados.
Durante a fala do deputado Manoel Queiroz (PPS), o presidente da Casa, deputado Sandoval Cardoso (PSD), solicitou que os manifestantes mantivessem a ordem. Quando não foi atendido suspendeu a sessão e se reuniu a portas fechadas com os deputados. Sandoval retornou à presidência da Mesa após atender uma comissão intermediada pelo deputado estadual José Roberto, na sala Vip. Após a reabertura o presidente se ausentou sendo subbstituído pelo deputado estadual Eduardo do Dertins (PPS). Cardoso retornou para encerrar a sessão.
Ar desligado
Nas galerias onde estavam os manifestantes, o ar condicionado se desligou fazendo com que o ambiente fresco que havia com a chegada dos movimentos sociais se tornasse num calor insuportável. Os manifestantes reclamaram que a Assembleia Legislativa teria mandado desligar para frear o manifesto. Mike Krutzmnan, Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Tocantins, acusou o presidente da AL, Sandoval Cardoso, de ter mandado desligar o ar para dissipar os manifestantes. Krutzmann repudiou a atitude e disse que o mesmo ameaçou e intimidou os manifestantes.
Sandoval negou que tivesse dado ordem para desligar o ar condicionado nas galerias e disse que os manifestantes perderam a razão ao gritarem o que teria atrapalhado a sessão legislativa.
(Atualizada às 18h07)
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