O ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) declarou ao T1 Notícias na manhã desta segunda-feira, 18, que a decisão que restringe a Palmas o julgamento da ação que envolve a disputa pelo comando do PMDB no Tocantins foge da realidade. A decisão foi publicada na última sexta-feira, 15, e nela o juiz Lauro Augusto Moreira Maia reconheceu a competência da 5ª Vara Cível de Palmas para processar e julgar as ações que dizem respeito a disputa pelo comando do PMDB.
“Estou pasmo e não só eu, Brasília também”, disse o ex-governador se referindo à Executiva Nacional do PMDB. “Essa decisão foge da realidade, porque a sede do Diretório Nacional é em Brasília e esse assunto tinha que ser definido lá. Nós respeitamos a decisão judicial, mas o que posso dizer é que mais uma vez é a política da perseguição, pois essa questão é politica”, frisou o ex-governador.
Segundo Miranda cabe à Executiva Nacional tomar providências a respeito. “Nós vamos respeitar a decisão, mas sabemos que aqui no Tocantins não se ganha, mas não questiono o Judiciário. Agora cabe à Executiva Nacional tomar providências, pois esta ação é da Nacional. Deixo bem claro que foi a Nacional que me indicou presidente provisório e que este assunto cabe à Nacional”, ressaltou o ex-governador, que destacou também que ele e seu grupo continuarão lutando.
Sobre entendimento
Sobre a possibilidade de um entendimento com o grupo do atual presidente do partido, Junior Coimbra, o ex-governador disse não ter sido procurado por ninguém para conversar a respeito. “Não fui procurado, comigo não teve contato. Só sei que do jeito que está não pode continuar. O PMDB tem que ser respeitado”, concluiu o ex-governador.
Nas últimas semanas, após a convenção do PMDB, se cogitou a possibilidade de um entendimento entre os grupos. O assunto teria sido tratado durante a convenção, por iniciativa do presidente estadual do PMDB, deputado Junior Coimbra, e do deputado Osvaldo Reis. Na ocasião teria se cogitado a realização de uma reunião entre os grupos, que seria iniciativa da atual direção do partido no Estado, mas até o momento nada de concreto a respeito teria ocorrido.
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