Marcelo Miranda relembra substituição do pai como candidato e rompimento com Siqueira

Em entrevista, ex-governador relata como foi escolhido de última hora para disputar o governo do Tocantins e aponta constrangimento no fim da campanha

Crédito: Reprodução/YouTube

O ex-governador Marcelo Miranda relembrou durante entrevista no programa “Histórias que Vivi", da jornalista Roberta Tum, um episódio da sucessão do ex-governador Siqueira Campos, quando foi escolhido para substituir o pai, Brito Miranda, como candidato ao governo do Tocantins. Segundo ele, a decisão foi tomada de forma inesperada, enquanto ele estava em viagem oficial.

 

Na época, Marcelo era pré-candidato a deputado federal, após três mandatos como deputado estadual e ocupando a presidência da Assembleia Legislativa. Ele afirmou que havia deixado o Tocantins com o pai já escolhido como o nome do grupo político para disputar o governo.

 

Durante um jantar em Manaus, recebeu uma ligação do então governador Siqueira Campos, pedindo que retornasse ao Estado. Marcelo disse que não foi informado do motivo da convocação e conseguiu antecipar sua viagem para o dia seguinte. Ele ainda permaneceria mais três dias em Manaus.

 

Durante a entrevista, Miranda destacou ainda que tinha uma boa relação institucional com Siqueira Campos durante sua presidência na Assembleia, com diálogo frequente e aprovação de projetos do Executivo.

 

Ao fazer conexão em Brasília, Marcelo encontrou o então senador Eduardo Gomes, que o questionou sobre alguma novidade no Tocantins, indicando que algo estava sendo articulado em sua ausência.

 

Segundo Marcelo, ao chegar ao Tocantins foi informado que substituiria o pai como candidato ao governo. “Cheguei e ele chegou em mim e disse o seguinte: ‘Meu filho, eu pensando bem, juntamente com meu filho Eduardo e alguns companheiros, inclusive com o seu pai, nós decidimos que você vai ser candidato ao governo'. Eu só não caí da cadeira porque a cadeira era uma cadeira pesada", brincou Marcelo Miranda.

 

O ex-governador disse também ter reagido com cautela, afirmando que “não estava preparado”. Siqueira teria respondido que “o homem não foge da luta” e garantido que Brito Miranda seria seu conselheiro durante o governo.

 

Rompimento

Ao longo da conversa, Marcelo Miranda comenta o episódio que marcou o início do desgaste dos dois grupos (Miranda e Siqueira) e citou o último comício de sua campanha, em Palmas, quando um jornalista questionou sua ausência nos discursos, enquanto Eduardo Siqueira Campos ocupava posição de destaque. Ele afirmou que já havia um “constrangimento” no ar. Assista à entrevista completa aqui.

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