Em entrevista ao Portal T1 Notícias na manhã desta quarta-feira, 12, o ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) afirmou que seu Recurso Extraordinário, nº 636878, pelo qual ele tenta assumir a vaga no Senado, continua no Supremo Tribunal Federal (STF). “Não foi retirado de mesa porque nem estava na pauta de ontem [11]”, afirmou o ex-governador que continua aguardando que o recurso seja julgado em breve.
Segundo Miranda, o julgamento do RE não estava na pauta desta terça-feira, 11, porque “o ministro deve estar analisando a petição protocolada em fevereiro”, se referindo à petição protocolada pelo advogado João Costa (PR), que é suplente do senador Vicentinho Alves (SDD).
O advogado do ex-governador também protocolou uma petição, na última segunda-feira, 10, na qual pede a condenação de João Costa por litigância de má-fé, conforme confirmou Marcelo Miranda ao T1. “O que ele [João Costa] fez é uma ação protelatória, está querendo tumultuar o processo. Ele pede que o Ministério Público seja ouvido, mas o Ministério já foi ouvido”, disse o ex-governador.
Segundo confirmou Miranda, na petição seu advogado rebate os pontos elencados por João Costa e quanto à litigância de má-fé, é porque está claro que ele está querendo ganhar tempo e enquanto isso Vicentinho continua no Senado. “Ele está fazendo o jogo dele. O Vicentinho mudou de partido e aí dá pra imaginar o que ele está querendo, ne?!”, pontuou o ex-governador levantando a hipótese de que João Costa quer assumir a vaga de senador.
“Por que foi ele [João Costa] que entrou com a petição? Por que não foi o próprio Vicentinho? E por que só fez isso na última hora, quando o julgamento estava na pauta? Esse processo está andando há mais de dois anos e só agora ele aparece”, questionou Marcelo Miranda.
O julgamento
Sobre os rumores de que o julgamento do Recurso não aconteceria tão cedo, o ex-governador foi enfático: “Como podem falar em data se não teve nenhuma decisão ainda? Naturalmente não estava na pauta de ontem porque o ministro está analisando as petições”, afirmou ao destacar também que o ministro relator não colocaria o processo na pauta se ainda tivesse alguma pendência.
“Deixaram de trabalhar pra viver em função de mim. Vão trabalhar e me deixem trabalhar também”, disse Miranda ao indagar também que, “se os adversários têm certeza de que eu não posso assumir a vaga no Senado, para a qual fui eleito pelo povo tocantinense, por que não deixam julgar o Recurso? Estão preocupados com o quê então? Deixa julgar”.
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