Marina Silva e Mario Lúcio Avelar destacam articulações dos partidos em evento

A pré-candidata a vice-presidente do Brasil, Marina Silva esteve em Palmas na noite desta quarta. Com ela, o pré-candidato ao Governo, Mário Lúcio Avelar. Eles caminham juntos rumo às eleições de 2014

Marina Silva e Mário Lúcio Avelar na UFT
Descrição: Marina Silva e Mário Lúcio Avelar na UFT Crédito: T1 Notícias

A pré-candidata do PSB a vice-presidente da República, Marina Silva, esteve em Palmas na noite desta quarta-feira, 7, para ministrar uma palestra sobre sustentabilidade, no auditório da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O pré-candidato a governo do Estado pelo PPS, Mario Lúcio Avelar, acompanhou Marina Silva.

Antes de iniciar o evento, a ex-ministra e o procurador federal concederam entrevista coletiva à imprensa. Perguntado sobre seu posicionamento político, tendo em vista que ele vem a ser um nome da oposição enquanto o presidente do seu partido no Tocantins, deputado estadual Eduardo do Dertins é da base governista, o pocurador federal Mário Lucio Avelar afirmou que “isso é uma construção”.

Ele disse que, quando se filiou ao PPS, houve uma conversa com a Executiva Nacional, “com os líderes do partido e a orientação que nós tivemos é que é para montar própria candidatura”.

O procurador frisou que o partido é progressista e que é preciso que haja uma articulação da regional e “com a direção nacional para que a gente possa encaminhar uma candidatura progressista tecendo novos valores”.

Durante a coletiva de imprensa, Marina Silva lamentou a não criação do Rede Sustentabilidade, partido que idealizou: “a não criação da Rede foi uma articulação política que aconteceu no processo de coleta das assinaturas. Uma parte dos cartórios inviabilizou as nossas assinaturas. Nós coletamos 910 mil para chegarmos as 500 mil e dessas uma parte foi anuladas injustamente”, informou Marina Silva.

Marina Silva foi categórica ao dizer que a culpa do Rede não ter sido criado se deve ao erro de alguns cartórios no Brasil. “Eu estou afirmando que foram cometidos erros em alguns cartórios”.

A pré-candidata disse que ao final do segundo turno em 2010 apresentou projetos ao PT e PSDB, mas nenhum partido deu atenção e depois, quando foi à discussão do código florestal, apenas um deputado votou favorável às teses do grupo de Marina. Ela disse que não há compatibilidade programática com outros candidatos, mas com Eduado Campos existe. “Mais do que isso, ele é uma pessoa que vem da luta pela reforma agrária”, acrescentou.

Marina disse que teve duas opções após o Rede não ter sido criado e aceitou um dos convites que recebeu, para compor chapa com o pré-candidato a presidência da República, Eduardo Campos. “Minha ideia foi levar as nossas propostas para o governador Eduardo Campos e se ele as aceitasse, nós o apoiaríamos”, disse.

Marina Silva disse que está trabalhando com Eduardo Campos para que nessas eleições seja feito um debate, mas não um embate, “porque o embate, quando as eleições terminam, a gente não sabe o que aconteceu. Na eleição passada foi feito um embate entre a Dilma e o Serra para ver quem faria o melhor gerente. Pelo que está acontecendo com a Petrobras o mito da melhor gerência já foi embora”.

A pré-candidata afirmou ainda que há uma compatibilidade programática com o Partido Verde, mas que não ficou no partido por não concordar com a forma de escolha das suas lideranças. “Depois das eleições, a direção do partido não concordou em democratizar o partido. Como é que eu ia falar de democracia em um partido que tem esse tipo de prática?”, questionou.

 

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